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Duna (Duna #1) | Opinião #115

Olá a todos!

    Após ter assistido ao filme, eu percebi que não conseguia esperar para saber o que acontece na segunda parte, por isso decidi ler o livro. 

Atenção: este livro pode conter spoilers!

Sobre o autor

    Frank Herbert nasceu em Tacoma, Washington, e estudou na Universidade de Washington, Seattle. Teve uma grande variedade de empregos — incluindo operador de câmara de TV, comentador de rádio, apanhador de ostras, instrutor de sobrevivência na selva, psicanalista, professor de escrita criativa, repórter e editor de vários jornais da Costa Oeste dos EUA… antes de se tornar escritor a tempo inteiro.

    Em 1952, Herbert começou a publicar ficção científica com Looking for Something? na revista Startling Stories. Mas o seu verdadeiro aparecimento como escritor de primeira importância só aconteceu em 1965, com a publicação de Duna. Seguiram-se Dune Messiah, Children of Dune, God Emperor of Dune, Heretics of Dune e Chapterhouse: Dune, completando a saga a que o Chicago Tribune chamaria "um dos monumentos da moderna ficção científica". Herbert também é autor de cerca de vinte outros livros, incluindo The Jesus Incident, The Dosadi Experiment e Destination: Void. Morreu em 1986.

Sinopse

    Obra-prima de Frank Herbert, Duna decorre no planeta deserto de Arrakis. Narra a história de Paul Atreides, herdeiro de uma família nobre encarregada de governar um mundo inóspito, onde a única coisa de valor é uma especiaria, melange, que é na verdade uma droga capaz de prolongar a vida e expandir a consciência. Cobiçada em todo o universo conhecido, a melange revela-se um tesouro pelo qual as pessoas estão dispostas a matar.

Opinião

    O universo de Duna é um universo rico em detalhes. A política, a religião, as facções adversárias, os grupos paramilitares, os segredos...tudo neste universo foi construído com um propósito. Tal como o filme de Villeneuve, podemos dividir "Duna" em duas partes. Numa 1ª parte, temos a história de Paul e da sua família, e daquilo que lhes acontece. Na 2ª parte, temos a ascensão de Paul entre o povo fremen e a sua luta para impedir a jihad (a guerra santa).

    Para qualquer um que leia os livros, fica claro que Herbert retirou bastante inspiração da religião islâmica para caracterizar os fremen.

    Uma coisa que achei interessante (e que diferencia este livro) é o facto de não existirem capítulos - pelo menos, não da forma tradicional. Herbert utiliza epígrafes de supostos excertos para introduzir a perspectiva de outras personagens. Há certas personagens que se destacam - como, por exemplo, a Dama Jessica, Paul ou o Barão Harkonnen -, há outras que são perdidas pelo meio e outras ainda que simplesmente são tão desconcertantes que não dá para as pôr numa categoria (estou a falar essencialmente de Alia, irmã de Paul; não consegui perceber muito bem qual a sua relevância para a história).

    A 1ª parte tem uma leitura fluída, enquanto a 2ª - na ânsia do autor querer avançar com a história - o enredo começa a ficar mais arrastado e por vezes chega a ser penoso ler-se. Para além disso, há cenas que são completamente desnecessárias. Uma coisa que eu não gostei foi da inexistência de surpresas ou de mistério. Por alguma razão que me ultrapassa, Herbert decidiu mostrar logo de início todas as reviravoltas, as traições, os segredos. Tudo, tudo. É claro que as personagens desconhecem essas informações. A meu ver, apenas tornou a leitura estranha.

Nota: 3.5/5

Em suma, Duna é um livro interessante, mas peca em muitos momentos. Até à próxima e boas leituras!

Ellis

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