Logotipo da série (no original) |
Olá a todos! Hoje estou de volta com mais uma resenha para vocês. Irei falar sobre a nova aventura fantástica do canal Syfy, The Outpost.
Atenção, este artigo pode conter spoilers.
Sobre a série
A série é a nova produção do canal norte-americano Syfy, conhecido pelas suas séries de ficção científica, fantasia e sobrenatural. Estreou no nosso país a 17 de setembro.
The Outpost foi criado por Jason Faller e conta com 10 episódios (entretanto, a 2ª temporada já foi confirmada em outubro). No elenco contamos com as participações de Jessica Green - mais conhecida pelos seus papéis em Ash vs Devil e Roman Empire -, Jake Stormoen, Imogen Waterhouse, Anand Desai-Barochia, Andrew Howard, Robyn Malcolm, Kevin McNally, Charan Prabhakar, Philip Brodie, Adam Johnson, Thor Knai, Cokey Falkow, Michael Flynn, Elizabeth Birkner e Medalion Rahimi.
Sinopse
A série acompanha Talon, a única sobrevivente de uma raça chamada Elfos Negros (ou então Sangue Negro), na sua busca por vingança. Após descobrir o paradeiro dos assassinos da sua família, Talon parte em viagem para o posto militar de Gallwood. Lá, ela descobre possuir um misterioso poder sobrenatural que deve aprender a controlar. Porque só assim é que conseguirá salvar-se a si própria e, também, defender o mundo de um ditador religioso fanático.
Resenha
- Enredo
O principal enredo da série é a busca de vingança por parte de Talon - existem depois outros enredos que o espectador vai acompanhando. É, na verdade, bastante simples o que motiva a série, não existindo realmente uma aprofundação dos seus contornos e das suas consequências. Percebe-se o que aconteceu a Talon e à sua família, no entanto esse desejo de vingança é apresentado como algo distante no tempo, o que faz com que o espectador não chegue a criar empatia com a luta da personagem e o seu sofrimento.
O mesmo já não acontece com os outros enredos, pois estes apresentam-se como algo contínuo no tempo e o espectador pode testemunhar o seu desenrolar e as suas repercussões nos próprios personagens.
- Construção do mundo
Embora a ação se concentre maioritariamente no Posto Avançado de Gallwood (em inglês, «The Outpost», é daí que provém o nome da série), há, por vezes, referências a outras regiões e as personagens chegam até a aventurar-se para lá das muralhas do Posto. Neste ponto, pouco posso falar já que tem a ver com o mundo em si e as paisagens utilizadas para construir este mundo
Passemos às raças. Nesta 1ª temporada apenas foram dadas a conhecer três raças: os Humanos, os Elfos Negros - também conhecidos como Sangue Negro, devido à peculiaridade de a cor do seu sangue ser negra - e os Trolls. Note-se que as diferentes raças possuem a sua própria língua e cultura. Possivelmente existirão outras raças, mas, por enquanto, o público apenas tem conhecimento destas.
Devo dizer que este foi o aspeto que mais me deu vibes do Senhor dos Anéis, assemelhando-se a uma reciclagem dos modelos pré-existentes e não a algo distinto e original.
Quanto aos elementos fantásticos, estes são quase inexistentes, ainda assim desconcertantes, não parecendo existir qualquer lógica neles.
- Efeitos especiais
Bem, tenho a afirmar que os efeitos especiais da série são de baixa qualidade. Em algumas cenas, é bastante perceptível que os atores estão acertar ou a falar para o vazio. Se calhar deviam ter investido um pouco mais nos efeitos especiais.
- Personagens
A série foca-se em quatro personagens, são elas Talon, Garret, Gwyn e Janzo.
Talon (Jessica Green) |
Talon é a última Elfa Negra, jurou vingar-se dos homens que chacinaram a sua aldeia. Talon é impetuosa, teimosa, uma guerreira e tem um bom coração. Ela possui ainda o poder de chamar demónios, um poder temido pelo governo tirânico da Primeira Ordem, devido a uma profecia antiga. De todos os personagens, Talon é a que menos sofre mudanças no seu carácter, mantendo-se sempre constante ao longo da temporada. Essa manutenção da personalidade é chata e, a meu ver, torna-a desinteressante em relação às restantes personagens.
Garret (Jake Stormoen) |
Passemos agora para Garret.
Garret é um soldado, viveu a sua vida toda no Posto Avançado. É um ótimo espadachim e um bom amigo. É guiado pela honra e pelas suas crenças. Em termos de evolução da personagem, Garret encontra-se na mesma situação de Talon, ele pouco evolui. Para além disso, a personagem encarna os típicos estereótipos do género fantástico: um tipo bonito, com um sorriso deslumbrante, musculado e que todas as mulheres querem.
Gwyn/Rosmund (Imogen Waterhouse) |
Falemos agora de Gwyn. Gwyn é a filha do comandante do Posto. Quer dizer, até se descobrir que, na realidade, ela é a princesa Rosmund. Gwyn/Rosmund é inteligente, bonita e manipuladora. No entanto, quando esta revela a sua verdadeira identidade, a personagem sofre uma mudança drástica, tornando-se mais compassiva, determinada e ponderada. Foi muito interessante vê-la crescer como pessoa e adaptar-se à sua nova realidade como rainha. Honestamente, só continuei a assistir a série por sua causa.
Janzo (Anand Desai-Barochia) |
Por último, mas não menos importante, temos Janzo. Janzo é um taberneiro e um brilhante cientista. É inteligente, bondoso e engraçado, proporcionando o alívio cómico. Assim como Gwyn/Rosmund, Janzo também sofre mudanças, apesar de estas não serem tão radicais. A principal alteração que ocorre na personagem é a capacidade de se impôr perante os outros e não se um «cordeirinho». Também interessada em ver a sua evolução (penso que ainda precisa de evoluir mais, mas isso é uma questão para a 2ª temporada).
Status: medíocre
Em suma, foi interessante ver Gwyn/Rosmund e Janzo evoluirem, contudo o resto foi monótono e uma autêntica reciclagem dos modelos já existentes.
Nunca é demais relembrar que esta é uma opinião dentre muitas, por isso se já viram a série deixem os vossos comentários.
Até ao próximo post!
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