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A casa de Hades (Os heróis do Olimpo #4) | Opinião #98

 Olá a todos!

    A casa de Hades é um livro de emoções fortes tanto para as personagens como para os leitores. Tenho tanto para dizer, por isso se esta resenha ficar demasiado longa não peço desculpa pois tudo o que eu tenho para dizer ficará dito.

    Não te esqueças de ver os restantes livros da saga:

Sobre o autor

    Rick Riordan é o autor best-seller nº 1 do New York Times de mais de vinte romances para jovens leitores, incluindo a série Percy Jackson, as Crônicas dos Kane, a série Magnus Chase e os Desafios de Apolo. Ele também é o autor da premiada série de mistério Tres Navarre para adultos.

    Por quinze anos, Rick ensinou inglês e história em escolas de ensino médio públicas e privadas na área da baía de São Francisco e no Texas. Enquanto ensinava em San Antonio, o Saint Mary's Hall o homenageou com o primeiro Master Teacher Award da escola. Enquanto ensinava em tempo integral, Riordan começou a escrever romances de mistério para adultos. Sua série Tres Navarre passou a ganhar os três principais prêmios nacionais no gênero mistério – o Edgar, o Anthony e o Shamus. Riordan virou-se para a ficção infantil quando começou O Ladrão de Raios como uma história de ninar para seu filho mais velho.

    Hoje, mais de cem milhões de cópias de seus livros são impressas apenas nos Estados Unidos, e os direitos foram vendidos em mais de 37 países. Rick Riordan agora escreve em tempo integral. Ele mora em Boston com sua esposa e dois filhos.

Sinopse

    A tripulação do Argo II enfrenta dias difíceis. Inimigos espreitam no caminho para a Casa de Hades e o moral da equipe está baixo após a perda de dois integrantes importantes em Roma. Para chegar às Portas da Morte e tentar impedir o despertar de Gaia, nossos heróis Hazel, Jason, Piper, Frank e Leo vão precisar fazer alianças perigosas, encarar deuses instáveis e combater os asseclas enviados pela sanguinária Mãe Terra para detê-los.A situação é ainda pior para Percy e Annabeth. Após caírem no Tártaro, os dois passam fome, sede e sofre com diversos ferimentos enquanto são caçados por vários inimigos que derrotaram ao longo dos anos e que agora surgem das sombras em busca de vingança. A única esperança da dupla de voltar para o plano mortal reside em encontrar as Portas da Morte e fechá-las de uma vez por todas. No entanto, uma legião de monstros fiéis a Gaia defende as Portas, e nem Percy nem Annabeth estão em condições de enfrentá-la.

Opinião

    O que posso dizer sobre este livro? Nada, exceto que foi uma leitura e tanto. O meu principal problema com A marca de Atena é que as relações entre os Sete não são muito bem exploradas, sendo que algumas personagens parecem ter sido deixadas de lado. A meu ver, A casa de Hades conseguiu redimir-se nesse ponto.


Jason


    Comparado com o livro anterior (no qual a personagem estava a maior parte do tempo em coma porque tinha sido atingido na cabeça), eu acho que este livro mostrou-nos muito mais de Jason. Jason ainda está na minha categoria de meh para mim, mas foi interessante vê-lo em ação neste livro tentando ser um líder e manter toda a gente junta na ausência de Percy e Annabeth. Também foi muito interessante o seu conflito interno entre o Acampamento Júpiter e Acampamento Meio-Sangue, o facto de ele apreciar mais a liberdade que o Acampamento Meio-Sangue oferece por oposição ao modo de vida rígido do Acampamento Júpiter. Além disso, gostei das suas tentativas de tentar travar amizade com Nico.


Piper


    Nos outros livros, Piper tinha um papel mais dominante, especialmente como mediadora. Neste livro, fiquei com a sensação que ela fora metida a um canto para deixar outros brilharem. Não que eu fique muito chateada, porque, mesmo assim, a personagem tem uma certa evolução, ainda que subtil. Sempre tive a sensação de que Piper tenta ao máximo evitar lutar, preferindo sempre que os monstros simplesmente os deixem em paz. Obviamente, que os monstros nunca deixam os semideuses viverem as suas vidas pacificamente. A casa de Hades mostra uma Piper mais determinada a lutar pelos seus amigos, aprendendo a controlar melhor os seus poderes de charme. Adorei a amizade que começa a florescer entre Piper e Hazel.


Leo


    Durante o livro inteiro eu só queria abraçar o Leo. Sim, todas as personagens culpam-se pelo que aconteceu com Percy e Annabeth, mas Leo é o que sente-se mais culpado de todos por causa da cena toda do biscoito da sorte de Némesis. Para além disso, Leo sente-se como um excluído do grupo. Só dá vontade de chorar e abraçá-lo. Eu sei que há muita gente que não shippa Caleo (Calypso e Leo), mas eu até gosto dos dois juntos, acho-os muito fofos. Essa parte simplesmente matou-me.


Frank


    Devo dizer que foi muito bom voltar a ter capítulos com os pontos de vista, tanto de Frank como de Hazel. Neste livro, acompanhamos o lento amadurecimento de Frank. Foi muito gratificante ver Frank chegar-se à frente e assumir a liderança nas batalhas que a tripulação do Argo II teve que enfrentar no decorrer da narrativa. Gostei muito do Tio Rick traduzir esse amadurecimento para algo palpável, como o facto de o seu corpo ter um salto de crescimento.


Hazel


    Oh meus deuses, Hazel foi uma das personagens que mais desenvolvimento teve. Como já disse, todos tentam de alguma forma assumir o vazio deixado por Percy e Annabeth. Hazel, assim como Jason, tenta manter todos unidos. Hazel começa a ter muito mais destaque neste livro, especialmente ao aprender a controlar a Névoa (o que foi uma coisa que o Tio Rick nunca tinha explicado muito bem até ao momento). Com a descoberta destes novos poderes, a personagem torna-se imparável. Se alguém conseguiu assumir os papéis de Percy e Annabeth entre a tripulação, esse alguém foi certamente Hazel (pelo menos, a meu ver).


Percy e Annabeth


Os capítulos de Percy e Annabeth foram os mais tensos no livro inteiro. Como já é do nosso conhecimento, Percy e Annabeth caíram nas profundezas do Tártaro e agora têm que não só encontrar as Portas da Morte e fechá-las, como também têm que lutar contra todo o tipo de monstros que encontrarem no caminho. É só mais um dia na vida dum semideus.

    Na minha opinião, a melhor parte d'A casa de Hades foi precisamente a viagem de Percy e Annabeth pelo Tártaro, um sítio que até agora apenas tinha sido mencionado de passagem. Foi angustiante perceber como funciona o nível mais baixo do Mundo Inferior. O facto de sabermos que o Tártaro está vivo, a meu ver, só tornou a viagem mais assustadora tanto para os leitores quanto para as personagens, o que nos induz a certo sentimento de empatia pelas personagens. Percy e Annabteh já passaram por muita coisa, mas vê-los enfrentar o Tártaro...nem sequer tenho palavras. Depois disto, o shipp está mais forte que nunca.


Nico diAngelo


    Desde o início que eu sou fã de Nico diAngelo. Ok, ele faz umas quantas más escolhas, não se percebe muito bem quais são as suas lealdades. Mas acho que é isso que o faz ser uma personagem tão interessante: é o facto de não sabermos muito de Nico diAngelo (tudo o que sabemos sobre a personagem é contado através do ponto de vista de terceiros). Achei muito engraçado o facto de toda a gente se esquecer que Nico está no navio e ficarem assustados quando ele emerge das sombras. Essa parte é hilariante. A cena do Cupido foi simplesmente brilhante. Nunca me tinha passado pela cabeça que Nico fosse gay (para ser honesta, eu não discuto muito a sexualidade das personagens). E, tal como Jason, a minha cabeça começou a juntar as peças todas. O facto de Nico ter nascido na década de 1940 - altura em que a homossexualidade ou qualquer outro tipo de relacionamento, hoje representado na comunidade lgbtqia+, era punido - fez com que a personagem tivesse, de certo modo, vergonha de si mesma e demonstrasse todos estes comportamentos conflituantes que vemos no decorrer dos livros. Claro que, de repente, saltar para o século XXI não ajudou. Nico é uma personagem tão fascinante que merece capítulos escritos a partir do seu ponto de vista (aliás, já devia ter tido).

    Em suma, adorei A casa de Hades. Tem a dose certa de exposição e ação, sendo que o ritmo da narrativa apresenta-se consistente e coeso - nem muito lento, nem muito rápido. Todas as personagens têm o seu tempo de brilhar (mais ou menos) e todas são muito bem desenvolvidas. O final está quase e parece que as coisas vão ficar intensas.

Nota: 5/5

Até à próxima e boas leituras!

Ellis

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