Hoje venho falar aqui de um livro belíssimo, uma completa surpresa para mim: No final, morrem os dois de Adam Silvera.
Sobre o autor
Adam Silvera nasceu e cresceu em Nova Iorque. Já trabalhou como livreiro, gestor de comunidades e de redes sociais, e ainda como crítico de livros para crianças e jovens adultos.
É autor bestseller do New York Times dos aclamados More Happy Than Not, History Is All You Left Me e What If It's Us, este último em colaboração com Becky Albertalli.
Vive em Los Angeles, EUA e é alto porque sim.
Sinopse
Sem morte, não há vida.
Sem perda, não há amor.
Pouco depois da meia-noite, o Mateo e o Rufus, dois completos estranhos, recebem a notícia de que vão morrer dentro de 24 horas. Neste último dia que lhes resta, ambos anseiam por fazer um amigo.
A boa notícia é que existe uma aplicação para isso. Chama-se Último Amigo e, através dela, estes dois jovens encontram-se para uma derradeira e intensa aventura: viver toda uma vida num só dia.
Opinião
Há já bastante tempo que queria ler um dos livros de Adam Silvera e, finalmente, consegui. No final, morrem os dois é o melhor título que já vi - chamou-me logo à atenção para o pegar da prateleira da livraria; nem sequer me dei ao trabalho de ver o que era a sinopse.
Já o fui ler com expectativa dum romance, mas mesmo assim fui surpreendida pela beleza da história. Contando a partir da perspetiva de dois jovens de 17/18 anos, o livro obriga-nos a refletir sobre a nossa vida e o que faríamos se tivéssemos apenas mais um dia para viver. Não é uma reflexão super filosófica que nos obrigue a examinar todas as nuances. Não, eu diria que é mais uma chamada de atenção por parte do próprio autor para aproveitarmos os pequenos momentos que a vida nos traz, arriscarmos de vez em quando e parar de constantemente adiar para outros dias projetos que queremos fazer.
Devo acrescentar que a ideia de recebermos um alerta a avisar-nos de que vamos morrer naquele dia é extremamente interessante, e acho que Silvera poderia explorar isso numa outra história (quem sabe).
Uma coisa que achei um bocado desnecessária é os capítulos contados a partir dos pontos de vista de personagens secundárias, que muitas delas nem sequer têm um grande impacto na história em si. Mas, compreendo que o autor queria mostrar-nos como diferentes pessoas encaram a vida e a morte. Contudo, ainda penso que são um tanto desnecessários.
Gostei do estilo de escrita. Não é muito floreado, sendo mais direto e cru. Apesar de saber que no final os dois morrem (não, isto não foi uma fraca tentativa da minha parte de fazer uma piada com o título), acabei por sentir grande empatia com as personagens e, tal como eles, também eu queria que os dois tivessem mais tempo. Não costumo chorar a ler livros, mas não pude evitar que os meus olhos ficassem marejados à medida que ia lendo as últimas páginas.
Nota: 4.5/5
Realmente, No final, morrem os dois é um livro belíssimo que nos ensina a não desperdiçar as oportunidades que nos surgem à frente e agarrá-las, mesmo que ao início possa parecer assustador.
Até à próxima e boas leituras!
Ellis
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