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Sol e tormenta (Trilogia Grisha #2) | Opinião #104

 Olá a todos!

    Aqui estou de volta para a o segundo livro da Trilogia Grisha, Sol e tormenta. E por todos os santinhos, o quanto eu amei esse livro.

Sobre a autora

    Leigh Bardugo é a autora best-seller nº 1 do New York Times de Nona Casa e criadora do Grishaverse (agora uma série original da Netflix), que abrange a trilogia Shadow and Bone, a duologia Six of Crows, a duologia King of Scars - e muito mais . Sua ficção curta apareceu em várias antologias, incluindo The Best American Science Fiction and Fantasy. Ela mora em Los Angeles e é associada do Pauli Murray College na Yale University.

Sinopse

A escuridão nunca morre.

    Caçada pelo Mar Verdadeiro, assombrada pelas vidas que ela assumiu na Dobra, Alina deve tentar construir uma vida com Mal em uma terra desconhecida, enquanto mantém em segredo sua identidade como Invocadora do Sol. Mas ela não pode fugir de seu passado ou de seu destino por muito tempo.

    O Darkling emergiu da Dobra das Sombras com um novo poder aterrorizante e um plano perigoso que testará os próprios limites do mundo natural. Com a ajuda de um notório corsário, Alina retorna ao país que abandonou, determinada a lutar contra as forças reunidas contra Ravka. Mas à medida que seu poder cresce, Alina se aprofunda no jogo de magia proibida do Darkling e se afasta de Mal. De alguma forma, ela terá que escolher entre seu país, seu poder e o amor que sempre pensou que a guiaria - ou arriscar perder tudo para a tempestade que se aproxima.

Opinião

    Normalmente, numa trilogia é comum que o primeiro livro seja muito bom e o segundo já seja um tanto medíocre. Esse não é o caso desta trilogia. Considerando tudo, acho até que Sol e Tormenta foi ainda melhor que Sombra e Ossos.

    Em Sombra e Ossos, nós acompanhamos uma Alina insegura e um pouco ingénua, enquanto a mesma mergulha do mundo dos Grishas e começa a despertar para o seu verdadeiro potencial. Neste segundo livro, Alina tem que lidar com as consequências da sua fuga do livro anterior e tentar salvar Ravka do caos em que mergulhou. Eu adorei ver a trajetória de Alina no decorrer do livro: como ela deixa de ser aquela rapariga insegura de si própria, para se tornar em alguém mais confiante. Mas o seu arco vai para além disso. Por ela ser a Conjuradora do Sol, toda a gente tem os olhos postos nela - e todos têm os seus próprios interesses - e Alina tem que navegar por entre os meandros da política.
Embora a personagem seja uma peça central no jogo político, a autora não se esquece por um momento que ela também é apenas humana. Nós sentimos a sua melancolia e o seu desespero, enquanto sofre com as consequências das suas próprias escolhas. Sentimos a sua dor no que toca ao seu amor por Maly, quando ambos se apercebem que as coisas já não são o que eram e, principalmente, eles já não são quem eram. Bardugo explora muito bem o medo e a ansiedade que Alina sente em relação ao seu poder.

    Um outro ponto a favor deste livro foi a maior presença das personagens secundárias. Maly tem um maior desenvolvimento que no primeiro livro. Apesar de tudo, Maly ama Alina e é possível perceber a sua angústia ao ver a sua crescente sede de poder torná-la numa pessoa completamente diferente. Obviamente, isto nem sempre é percetível, uma vez que o livro inteiro é narrado na primeira pessoa (ou seja, Alina).

    Neste livro somos apresentados a novas personagens como os gémeos Tolya e Tamar e a Sua Alteza Real, Nikolai Lantsov. Dos gémeos, penso que não haja muito para dizer. Sim, eles são personagens interessantes e sim eu gostei deles, mas eles simplesmente só parecem estar lá. Por outro lado, temos Nikolai Lantsov.

    Quando pesquisei pelos comentários acerca do livro, a maioria das pessoas parecia louca por Nikolai. Agora percebo o porquê. Nikolai é daquelas personagens que nos encantam assim que aparecem. Ele possui uma personalidade muito característica e um humor próprio - que combina o sarcasmo com a sua personalidade um tanto egocêntrica na perfeição. Claro que nunca devemos julgar um livro pela sua capa. Nikolai pode parecer um príncipe egocêntrico e calculista, mas na realidade ele é uma das poucas pessoas que quer o melhor para o seu país e para os seus súbditos. Os momentos em que ele se permite ser vulnerável são pura e simplesmente preciosos. Penso que já deu para entender que Nikolai tornou-se numa das minhas personagens preferidas da trilogia.

    E só para lançar achas para a fogueira, eu shippo Malina, mas, pelos santos, Nikolina também é um casal maravilhoso.

    Deixando os assunto (controverso) dos shipps de lado, queria ainda falar um pouco sobre o Darkling. O Darkling não possui uma presença constante neste livro, como se sucedeu com o livro anterior. No entanto, a sua aura e o seu poder são ameaças constantes no decorrer do livro. É interessante como a sua influência afeta as personagens, especialmente Alina.

    Nota: 4.5/5

    Em suma, Sol e Tormenta foi um livro maravilhoso e gostei muito de o ler. De salientar que a narrativa possui o seu próprio ritmo, convidando-nos a ler o livro calmamente e com atenção aos pormenores - o que eu acho perfeito.

    Aproveita e dá uma olhadela nos outros livros:

Até à próxima e boas leituras!
Ellis

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