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A chama de Sevenwaters (Saga de Sevenwaters #6) | Opinião #123

 Olá a todos!

    Infelizmente, tudo nesta vida precisa de ter um fim e assim chegámos ao final desta série de resenhas sobre a Saga de Sevenwaters, uma saga de livros que me encantou e que realmente preencheu este início de ano. Agora só faço figas para que as minhas próximas leituras sejam tão boas quanto Sevenwaters.

Atenção: esta resenha pode conter spoilers!

    Não te esqueças de conferir as resenhas anteriores:

Sobre a autora

    Juliet Marillier nasceu em Dunedin, na Nova Zelândia, uma cidade com fortes tradições escocesas que a influenciaram intensamente, uma vez que cresceu ao som dos cânticos e histórias celtas. Licenciou-se em Linguística.

    Atualmente vive na Austrália, em Perth, próximo de uma comunidade rural que tem a paz e a harmonia de quem a autora necessita para escrever.

    Neste momento encontra-se a trabalhar na sua próxima trilogia, depois de Sevenwaters ter ganho o Aurealis Award for Best Fantasy Novel de 2000.

    A trilogia que apresentou traz-nos toda a riqueza da mitologia celta e o fascínio dos contos de fadas que vivem no nosso imaginário, transportando-nos para um mundo pleno de aventuras e misticismo.

Sinopse

    Dez anos depois do terrível incêndio que quase lhe custou a vida, Maeve, filha de Lorde Sean de Sevenwaters, regressa a casa. Traz nas mãos disformes as marcas desse acidente e dentro de si a coragem férrea de Liadan e Bran, os pais adoptivos, e um dom muito especial para lidar com os animais mais difíceis. Embora as cicatrizes se tenham fechado, Maeve ainda teme as sombras do passado — e o regresso a casa não se faz sem dificuldades. Até porque Sevenwaters está à beira do caos.

Opinião

    Sim, acabei a Saga de Sevenwaters - a primeira saga que planeei ler este ano. Foi uma viagem e tanto pelas terras irlandesas, descobrir os seus mitos e testemunhar grandes história de amor, sacrifício e coragem.

Toda a gente tem medo de alguma coisa. Se conheceres os teus medos, ficarás um passo mais longe de permitir que eles te dominem. Mas tens razão. No campo de batalha, um rosto intrépido ajuda-te a conservar a força. Se vestires o semblante da coragem, a coragem em si torna-se mais fácil de alcançar.

    A chama de Sevenwaters acompanha Maeve na sua jornada de volta a Sevenwaters. O seu regresso a casa, após uma longa ausência de dez anos, não é inocente: os atos de violência de Mac Dara estão a recrudescer. O último a ser visado foi um importante aliado do seu pai, Lorde Sean. Por isso, Maeve regressa com um presente para apaziguar a fúria de Cruinn de Tirconnel. Mas o seu retorno não se faz sem dificuldades - há ainda muitas sombras que ela precisa de enfrentar.

    Maeve não é como as suas irmãs: não é fisicamente bela, é obstinada e impõe as suas regras. Eu gostei muito de conhecer Maeve - achei que ela foi uma protagonista diferente das outras, com certos traços da Liadan. Depois, claro, há Finbar. Achei interessante que o último livro da saga se focasse mais na relação entre os dois irmãos e fizesse disso o seu ponto central. Foi uma mudança refrescante para variar. Sim, também há um pouco de romance (ou este não seria um livro de Marillier), mas o foco principal da história é Maeve e os seus fantasmas.

    A narrativa desenrola-se a um ritmo meio lento, mas isso não foi incomodativo. Marillier leva o seu tempo a expor os problemas de Maeve, criando uma ligação empática entre a personagem e os leitores.

Esquece tudo o que estiver no teu caminho. Fúria, culpa, desgosto: a dor no teu corpo, a dúvida que trazes no pensamento. E continua. Encontra a chama dentro de ti.

    Em suma, A chama de Sevenwaters é a conclusão perfeita para uma saga recheada de magia, romance e mulheres de carácter forte.

Nota: 4.5/5

Até à próxima e boas leituras!

Ellis

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