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Cidade de cinzas (Os instrumentos mortais #2) | Opinião #126

 Olá a todos!

    Depois da desilusão que foi Cidade dos Ossos, talvez a coisa mais ajuizada a fazer seria pôr estes livros de lado. Pois, juízo não é uma palavra que aplique à minha pessoa - além disso agora que comecei vou ter que acabar, nem que seja o meu fim. Mas, para minha grande surpresa, Cidade das Cinzas não foi tão mau assim.

    Confere os restantes livros:

Sobre a autora

    Cassandra Clare nasceu no Irão e passou os primeiros anos a viajar pelo mundo com a família e vários baús cheios de livros de fantasia, entre os quais As Crónicas de Nárnia. Mais tarde, trabalhou como jornalista em Los Angeles e Nova Iorque. Cassandra Clare vive em Massachusetts com o marido, os gatos e ainda mais livros. No total, os seus livros já venderam mais de 50 milhões de exemplares.

Sinopse

    Clary Fray só queria que sua vida voltasse ao normal. Mas o que é “normal” quando você é uma Caçadora de Sombras assassina de demônios, sua mãe está em um coma magicamente induzido e você de repente descobre que criaturas como lobisomens, vampiros e fadas realmente existem? Se Clary deixasse o mundo dos Caçadores de Sombras para trás, isso significaria mais tempo com o melhor amigo, Simon, que está se tornando mais do que só isso. Mas o mundo dos Caçadores não está disposto a abrir mão de Clary — especialmente o belo e irritante Jace, que por acaso ela descobriu ser seu irmão. E a única chance de salvar a mãe dos dois parece ser encontrar o perverso ex-Caçador de Sombras Valentim, que com certeza é louco, mau... e também o pai de Clary e Jace.Para complicar ainda mais, alguém na cidade de Nova York está matando jovens do Submundo. Será que Valentim está por trás dessas mortes? E se sim, qual é o seu objetivo? Quando o segundo dos Instrumentos Mortais, a Espada da Alma, é roubada, a aterrorizante Inquisidora chega ao Instituto para investigar — e suas suspeitas caem diretamente sobre Jace. Como Clary pode impedir os planos malignos de Valentim se Jace está disposto a trair tudo aquilo em que acredita para ajudar o pai?

Opinião

"A dor só é o que você permite que ela seja."

    No livro anterior, eu fartei-me de queixar sobre Clary enquanto personagem e do sarcasmo mal empregado. Bem, este livro conseguiu redimir-se bastante. Talvez bastante seja uma palavra muito forte, mas acho que perceberam a ideia.

    Sim, Clary continua a ter algumas atitudes que, na minha ótica, são questionáveis, mas pelo menos a própria personagem percebe que errou e que se calhar poderia ter feito de forma diferente. Outra coisa que gostei muito foi o facto de Clary finalmente compreender que ela critica demais as outras personagens femininas e por isso não tem nenhuma amiga. E ela ainda tenta corrigir isso! Tudo o que tenho a dizer é obrigada.

    Em Cidade dos Ossos, nós acompanhamos principalmente o ponto de vista de Clary - embora, por vezes, seja intercalado com pontos de vista de outras personagens. Em Cidade das Cinzas, Cassandra Clare acrescenta mais pontos de vistas de outras personagens como Simon, Maia, Jace e Alec nos capítulos finais. Acho que esta mudança de um narrador para vários ajudou em muito o livro, uma vez que nos fornece uma vista mais abrangente sobre o que se está a passar. Aplaudo esta mudança e espero honestamente que seja igual para os próximos livros.

    Contudo, devo dizer que houve alturas em que os capítulos de Clary e Jace foram um bocado enfadonhos. Ok, eu percebo que eles estão ali a passar pelo drama todo de serem irmãos e de estarem apaixonados um pelo outro, blá, blá. Mas, ainda assim, o conflito parecia um pouco arrastado.

"Nunca acredite que o vilão está morto até ver o corpo. Isso só leva a tristeza e emboscadas inesperadas."

    Como alguém que viu a série da TV primeiro, Cidade das Cinzas surpreendeu-me. Há imensas diferenças entre os dois produtos e eu fiquei pasma com alguns acontecimentos do livro. Fico feliz por dizer que já nem sequer sei o que esperar do próximo livro.

    Em suma, Cidade das Cinzas restaurou a minha fé em Cassandra Clare. Sim, foi melhor que o primeiro, ainda que tenha sentido que houve momentos em que a narrativa ficou um tanto arrastada. Agora é esperar o melhor para Cidade de Vidro.

Nota: 3/5

Até à próxima e boas leituras!

Ellis

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