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A escola do bem e do mal | Opinião #164

 Olá a todos!

    Sim, hoje trago-vos mais uma resenha. Hoje irei então falar do filme da Netflix, A escola do bem e do mal e do que eu achei do filme. Prontos?

Atenção: este artigo pode conter spoilers!

Sobre o filme

    O filme é a adaptação cinematográfica da saga de livros homónima, da autoria de Soman Chainani. Os direitos cinematográficos foram comprados pela Universal Pictures em 2013, no entanto o projeto nunca saiu da fase de desenvolvimento. Em 2017, a Netflix adquire os direitos e logo as filmagens têm lugar na Irlanda do Norte, no ano de 2021.

    Como diretor temos Paul Feig, que também assina o argumento juntamente com Divid Magee. No elenco contamos com as participações de Sophia Anne Caruso, Sofia Wyle, Kit Young, Charlize Theron, Laurence Fishburne, Michelle Yeoh, Kerry Washington, entre outros.

Sinopse

    As melhores amigas Sophie e Agatha encontram-se em lados opostos de uma batalha épica quando são arrastadas para uma escola encantada onde aspirantes a heróis e vilões são treinados para proteger o equilíbrio entre o Bem e o Mal.


Opinião

A escola do bem e do mal é a mais recente adaptação literária conduzida pela Netflix. Rapidamente, os fãs desta saga literária (a qual se encontra no meu TBR há anos) elevaram o filme como um dos mais vistos da plataforma. A título da verdade, eu tinha planeado ler os livros primeiro, no entanto troquei os planos quando vi o título no catálogo na Netflix.

O filme com certeza possui uma premissa interessante: duas amigas vão parar a uma escola prestigiada que treina os heróis e os vilões dos contos da fada, porém as duas acabam por ser colocadas em escolas opostas. É engraçado ver como Agatha e Sophie lidam com os desafios da Escola do Bem e da Escola do Mal, respetivamente. Em termos de enredo, não creio que A escola do bem e do mal traga grandes inovações ao género da fantasia. Certamente, traz à baila a discussão sobre o que é o Bem e o que é o Mal e sobre como as pessoas são complexas, mas acho que o filme falhou em explorar esses pontos corretamente – acabou por se focar mais na amizade entre as duas protagonistas. Atendendo ao seu formato, é mais do que compreensível que os produtores tenham optado por ir mostrando os principais momentos do livro, do que propriamente discutir essas questões mais a fundo. Obviamente que, não tendo lido os livros, a minha opinião seja um tanto superficial, todavia penso que uma adaptação em formato de série possivelmente favorecesse melhor a história.

Quanto às personagens, pouco tenho a dizer. A trajetória da Sophie de “boa” a “má” era bastante expectável. A Agatha achei um pãozinho sem sal. Não que eu tenha destetado a personagem, o problema é que ela passa o filme todo atrás da melhor amiga e a dar sermões ao pessoal sobre o facto de a realidade ser mais complexa que aquilo que lhes ensinam. As demais personagens ficaram-se pelo básico, o que acabou por retirar o impacto de algumas revelações no decorrer do filme.

A minha principal queixa reside na banda-sonora do filme. Mais do que uma vez, fiquei incomodada com a seleção musical do filme. O filme tenta (demasiado, diria eu) ser uma fantasia moderna pautada pelos hits da atualidade. Em mais de um momento, a música não se coadunava com cena, acabando por criar uma certa estranheza a quem assiste.

Em suma, eu diria que A escola do bem e do mal é mais uma adaptação literária que pouco se destaca no grande oceano.

Nota final: 5/10

Até à próxima e bons filmes!

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