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Lore Olympus (Vol. 3) | Opinião #211

 Olá a todos!

    Venho novamente apresentar a minha crítica sobre Lore Olympus, concretamente sobre o terceiro volume.

    Não se esqueçam de conferir a saga:

Sobre a autora

    Rachel Smythe, nascida na Nova Zelândia,é a criadora, ilustradora e autora de Lore Olympus: Contos do Olimpo, uma novela gráfica de grande sucesso que recria algumas das mais conhecidas histórias da mitologia grega, tendo-se tornado um bestseller do New York Times.

    A série foi vencedora do Prémio Eisner para Melhor Webcomic e do Prémio Goodreads para Melhor Novela Gráfica e Banda Desenhada, além de ter sido finalista do Prémio Hugo.

    Foi também considerado um dos melhores livros do ano pela NPR.

Sinopse

    No terceiro volume da premiada série de Rachel Smythe, Hades e Perséfone lutam contra seus desejos cada vez mais fortes e inevitáveis. Best-seller do New York Times e ganhador do Prêmio Eisner, Lore Olympus é fenômeno absoluto do Webtoon e o quadrinho mais lido do mundo atualmente.

    No Olimpo e no Submundo só se fala do que anda rolando entre o Deus dos Mortos e a vistosa filha de Deméter. Em meio a tanto fuxico, Hades e Perséfone têm muita coisa a resolver nas suas vidas.

    Desde que chegou ao Olimpo, Perséfone se esforça para ser a jovem deusa e donzela perfeita. A atração que sente por Hades só deixou mais pesado o fardo que é cumprir as expectativas de todos. Depois do abuso que sofreu, ela teme não conseguir encobrir a mágoa e o amor intensos que tanto lutou para esconder.
Enquanto Perséfone reflete sobre o futuro, Hades luta contra seu passado e reata a relação tóxica que tinha com Minte. Conforme a pressão e o frenesi ― da família, dos amigos, dos inimigos ― aumentam, tanto Hades quanto Perséfone tentam calar seus desejos cada vez mais evidentes. Mas a tentação é forte e a atração é magnética. É destino.

    Ganhador dos prêmios Eisner e Harvey e finalista do prêmio Hugo, Lore Olympus é fenômeno absoluto na plataforma Webtoon e reúne fãs no mundo todo. O terceiro volume da série traz os episódios 50 a 75 do webcomic, além de um conto exclusivo e inédito.

Opinião

    Lore Olympus continua surpreender-me pela positiva e este 3º volume demonstra que Rachel Smythe construiu uma história, que, ao mesmo tempo, trata de assuntos delicados e dá espaço para que as suas personagens possam respirar.

    Neste volume (que encerra em si os episódios 50 a 75), a autora aborda a variedade que existe de relacionamentos abusivos e tóxicos, e como estes afetam as nossas queridas personagens. Não só isso, mas igualmente a forma como a sociedade nos pode pressionar, levando-nos, por vezes, a aceitar um caminho que não queremos.

    Perséfone sai deste volume muito mais madura, finalmente confessado não só para si mesma mas também para os seus amigos mais íntimos (Artémis e Eros) os seus sentimentos por Hades. Para além disso, com uma pequena ajuda, a jovem deusa confronta igualmente o abuso que sofreu às mãos de Apolo. Smythe deixa-nos espreitar um pouco sobre o passado de Perséfone e a sua relação com Deméter, tornando-se claro para o leitor que esta é uma mãe controladora - que na sua ânsia de proteger a filha, acaba por a magoar. Vemos também como se formou a amizade entre Artémis. No entanto, devo dizer que das relações que Perséfone estabeleceu, a que eu mais gosto é a sua amizade com Eros. O cupido, filho da deusa do amor, pode parecer um pouco abelhudo no princípio, mas logo fica claro que este se importa com as pessoas ao seu redor e que vive as coisas de forma apaixonada. Neste ponto da sua vida (para além de Hades), Eros é um rochedo para Perséfone, olhando por ela e ajudando-a quando esta precisa.

    Quanto a Hades, também ele tem que lidar com os seus problemas emocionais. A personagem tem problemas em se abrir com os demais, muito por conta do ostracismo a que é votado pelo Olimpo. A autora deixa antever quais as razões por detrás desse ostracismo. Uma delas prende-se com as suas semelhanças com o seu pai, Cronos. A acrescentar a isso, a personagem lida com um relacionamento abusivo e tóxico com a sua secretária. Por mais problemas que Minthe tenha e complexos de inferioridade, a verdade é que as suas ações não são desculpáveis e a bd mostra isso de uma forma clara e inequívoca.

    A meu ver, Lore Olympus só tem um único problema, o qual é gravíssimo: a história é de tal forma viciante que uma pessoa apenas lê e quando percebe que acaba, instala-se uma compulsão de ler o próximo capítulo.

    Em suma, o terceiro volume foi fantástico e obviamente vou já começar a ler o próximo.

⭐⭐⭐⭐

4/5

Até à próxima e boas leituras!

Ellis

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