Avançar para o conteúdo principal

Filha da profecia (Saga de Sevenwaters #3) | Opinião #119

 Olá a todos!

    Estou aqui novamente para falar de Juliet Marillier e da Saga de Sevenwaters. Desta vez, irei falar o terceiro livro, A filha da profecia, e que encerra a primeira parte desta saga familiar.

Atenção: esta resenha pode conter spoilers!

    Confere os outros volumes desta saga maravilhosa:

Sobre a autora

    Juliet Marillier nasceu em Dunedin, na Nova Zelândia, uma cidade com fortes tradições escocesas que a influenciaram intensamente, uma vez que cresceu ao som dos cânticos e histórias celtas. Licenciou-se em Linguística.

    Atualmente vive na Austrália, em Perth, próximo de uma comunidade rural que tem a paz e a harmonia de quem a autora necessita para escrever.

    Neste momento encontra-se a trabalhar na sua próxima trilogia, depois de Sevenwaters ter ganho o Aurealis Award for Best Fantasy Novel de 2000.

    A trilogia que apresentou traz-nos toda a riqueza da mitologia celta e o fascínio dos contos de fadas que vivem no nosso imaginário, transportando-nos para um mundo pleno de aventuras e misticismo.

Sinopse

    Fainne foi criada numa enseada isolada na costa de Kerry, com uma infância dominada pela solidão. Mas o pai, filho exilado de Sevenwaters, ensina-lhe tudo o que sabe sobre as artes mágicas. Esta existência pacífica será ameaçada em breve, e a vida de Fainne jamais será a mesma, quando a avó, a temida feiticeira Lady Oonagh, se impõe na sua vida. Com a perversidade que a caracteriza, a feiticeira conta a Fainne que tem um legado terrível: o sangue de uma linhagem maldita de feiticeiros e foras-da-lei, incutindo nela um sentimento de ódio profundo e, ao mesmo tempo, a execução de uma tarefa que deixa a jovem aterrorizada. Enviada para Sevenwaters, com objectivo de destruí-la, vai usar todos os seus poderes mágicos, para impedir o cumprimento de uma profecia.

Opinião

    A filha da profecia é o terceiro livro da Saga Sevenwaters, que encerra em si a 1ª parte desta fantástica saga. Mais uma vez, somos transportados - através da escrita prodigiosa de Marillier - para o mundo das lendas e mitos celtas. No entanto, desta vez, os riscos são maiores, pois a guerra pelas Ilhas místicas está atingir o seu clímax.

Ás vezes é difícil separar o que está certo do que está errado.


    Em A filha da profecia acompanhamos a história de Fainne, filha de Niamh e de Ciáran, incumbida pela sua avó - a poderosa feiticeira Oonagh - de terminar aquilo que ela começou e destruir Sevenwaters e as Criaturas Encantadas, ao mesmo tempo que tenta resolver os enigmas que rodeiam a profecia. Enquanto os dois primeiros livros apresentam-nos duas protagonistas que tentam fazer aquilo que é correto, por vezes, contra tudo e contra todos, Fainne não é assim. Fainne é uma personagem complexa: é insegura, tímida e surpreendentemente sábia. Manipulada pela sua avó, a personagem é obrigada a cometer atos terríveis, cujas repercussões a afetam profundamente.

    Há muitas alturas em que o espírito de Fainne simplesmente quebra. Afinal, tudo aquilo é demais para uma rapariga com apenas 16 anos. Apesar tudo, Fainne encontra sempre uma forma de pegar nos estilhaços e de continuar. É nesses contratempos que a personagem encontra a sua verdadeira identidade e a sua verdadeira força.

Um herói comete erros e torna-se forte.

    As personagens secundárias também têm o seu papel a desempenhar na história, especialmente no que concerne à profecia. Todas as personagens secundárias conquistaram um lugar no meu coração (menos Eammon, odeio esse homem). Quanto à profecia, eu achei que foi muito mal explicada. Parecia que ninguém sabia o que dizia exatamente a profecia, o que eu acho muito estranho - quer dizer, nem mesmo Conor, que supostamente é o druida, sabia a totalidade da profecia. Nesse aspeto, senti que a própria Marillier não sabia bem o que escrever, então optou por dar uma ideia geral.

Nota: 4.5/5

    Em suma, A filha da profecia é uma história sobre a batalha para encontrarmos a nossa própria identidade e o processo de aprendizagem para nos amarmos a nós próprios. Até à próxima e boas leituras!

Ellis

Comentários

Mensagens populares deste blogue

As minhas leituras 2022/2023

2022 Janeiro O filho das sombras (Saga Sevenwaters #2)  de Juliet Marillier A filha da profecia (Saga Sevenwaters #3)  de Juliet Marillie r Siren's Lament (1ª temporada)  de instantmiso O herdeiro de Sevenwaters (Saga Sevenwaters #4)  de Juliet Marillier A vidente de Sevenwaters (Saga Sevenwaters #5)  de Juliet Marillier Fevereiro A chama de Sevenwaters (Saga Sevenwaters #6)  de Juliet Marillier Cidade dos Ossos (Os instrumentos mortais #1)  de Cassandra Clare Cidade de Cinzas (Os instrumentos mortais #2)  de Cassandra Clare Castle Swimmers (T2 - parte 2)  de Wendy Lian Martin Março Cidade de Vidro (Os instrumentos mortais #3)  de Cassandra Clare Swimming lessons for a mermaid  de Yongchan O ódio que semeias  de Angie Thomas Abril Belgravia  de Julian Fellowes The promised neverland (Volume 9)  de Kaiu Shirai e Posuka Demizu The promised neverland (Volume 10)  de Kaiu Shirai e Posuka Demizu Siren´s Lament (2ª temporada)  de instantmiso Maio A vida invisível de Addie LaRue  de V. E.

The Dragon Prince | Teorias #2

Poster oficial   Olá Xadianos! Prontos para mais um artigo sobre The Dragon Prince ? Hoje venho partilhar convosco as minhas teorias.   A 2ª temporada já estreou na Netflix, no passado dia 15 de fevereiro, contudo ainda não tive oportunidade de assistir à nova temporada. Por isso, as minhas teorias só irão abranger os eventos da 1ª temporada .    Já agora aviso que este artigo pode conter spoilers . 1 - O Rei Harrow não morreu!   Começamos com uma teoria polémica: o Rei Harrow, na verdade, não morreu. Primeiro vamos analisar as evidências.   Quando Harrow prepara-se para enfrentar os Elfos das Sombras, Lorde Viren apresente-lhe uma solução alternativa - deixar que outro ocupe o seu lugar. Viren mostra uma cobra que devora almas e que possui duas cabeças. Segundo Viren, a cobra morderia Harrow e outra pessoa devorando as suas almas e depois ele utilizaria magia negra para trocar as almas. Assim os elfos apenas matariam apenas o seu corpo e não a sua alma, ou seja, Har

Harukaze no étranger (Volume 1) | Opinião #186

  Olá a todos!     Cá estou de volta, com a crítica de Harukaze no étranger - continuação de úmibe no étranger .     Atenção, esta crítica pode conter spoilers! Sobre a autora Quase nada se sabe sobre a autora. A sua biografia no site Goodreads apenas indica que esta é uma mangaká. Sinopse      Uma história de amor entre um romancista assumidamente gay e um jovem que enfrenta uma dor que recentemente foi transformada em um filme de anime! A continuação de Seaside Stranger Vol. 1: Umibe no Etranger .       Desde que seus pais o rejeitaram por ser gay, Shun mora com sua tia em uma pequena ilha perto de Okinawa. Um dia, ele conhece Mio, um estudante do ensino médio que recentemente perdeu os pais e agora passa os dias sentado à beira-mar. Os dois jovens começam a se abrir um com o outro... até que Mio revela que está indo embora. Três anos depois, um Mio adulto retorna à ilha para confessar seus verdadeiros sentimentos, mas será que Shun está pronto para um relacionamento? Opinião      Ok