- Percy Jackson e o ladrão de raios (Percy Jackson e os Olimpianos #1)
- O herói perdido (Os heróis do Olimpo #1)
- O trono de fogo (As crónicas dos Kane #2)
- A sombra da serpente (As crónicas dos Kane #3)
Sobre o autor
Sinopse
Opinião
Os livros centram-se em Carter e Sadie Kane, dois irmãos que nada têm a ver um com o outro. Após a morte da sua mãe, os dois foram separados. Carter vive com o pai, sempre de um lado para o outro, viajando pelo mundo inteiro, mas sem ter um sítio a que possa chamar de casa. Sadie vive com os avós em Inglaterra, levando uma vida completamente normal com direito a escola e amigos. Claro que isso tudo muda quando o pai de ambos liberta os deuses egípcios que se encontravam presos.
"A justiça não significa que todos recebem o mesmo. Justiça significa todos terem aquilo que precisam. E a única maneira de o conseguires é fazeres com que aconteça. Percebeste?"
Bem, nada de novo nos livros do Tio Rick, certo? Certo, mas acho que é exatamente isso que é tão divertido nos livros do Tio Rick, é tentar descobrir como ele encaixa a mitologia nos nossos dias e cola-a de uma forma que pareça coesa.
Em A pirâmide vermelha, Carter e Sadie são lançados sem paraquedas para o mundo dos deuses, repleto de magia. Essa é a parte que eu mais gosto de CDK: a magia. Sim, o mundo egípcio está repleto de feitiços. No mundo antigo, feitiços e rezas faziam parte do dia-a-dia da população, no entanto apenas a mitologia egípcia parece transparecer esse pequeno aspeto. Eu gosto da maneira de como Riordan introduz a magia em CDK e torna a trilogia em algo diferente e separado de Percy Jackson ou Heróis do Olimpo.
"Não estamos falando de provas nas quais você pode ser reprovada, Sadie. É passar ou morrer."
CDK também se demarca das outras séries do autor pela sua relação com os deuses. Enquanto que em PJO e HDO, os deuses são entidades feitas para serem adoradas e simplesmente estão lá, aqui temos uma inversão de 360º. Os deuses egípcios são encarados como verdadeiras forças da natureza, apenas uma manifestação "humanizada" da própria Natureza, sendo por isso representados com cabeças de animais. No livro, as personagens temem os deuses e, inclusive, tentam suprimi-los e aprisioná-los. Continua a ser uma relação de amor-ódio, mas ódio do que propriamente amor.
Outro aspeto que vale ressaltar é o carácter internacional que a história tem. Sim, o ponto principal da premissa deste primeiro livro ainda é nos EUA, porém grande parte do livro é passado no estrangeiro, com as personagens a saltarem de um país para o outro. Acho que é um aspeto refrescante.
"A verdade é dura. A toda a hora chegam à Sala do Julgamento espíritos que não podem confessar as suas mentiras. Negam as suas faltas, os seus verdadeiros sentimentos, os erros que cometeram...até que Ammut lhes devora as almas para toda a eternidade. É preciso força e coragem para reconhecer a verdade."
A escrita de Rick Riordan continua a pautar-se pela sua leveza e humor sarcástico, tão característicos. Com A pirâmide vermelha, Rick Riordan marca o seu regresso à narração em primeira pessoa, que havia sido momentaneamente abandonada em HDO. Foi muito engraçado ler o livro como se fosse a transcrição de um vídeo. Já me tinha esquecido do quanto era estranho e divertido ao mesmo tempo.
E as personagens?
Não há como não amar Carter, Sadie e as restantes personagens. São diferentes das nossas mais conhecidas como Percy, Annabeth, Nico, Reyna, Hazel, etc., têm diferentes histórias e diferentes vivências. As personagens vão aprendendo com os erros e amadurecendo ao longo do livro.
"Pois nós pudemos. Desistimos dos deuses por nossa vontade. E tu tens muito que aprender sobre o que é ou não possível."
Em suma, A pirâmide vermelha marca um novo lado do Riordanverso, não deixando nuca de empregar os clichés que adoramos.
⭐⭐⭐⭐
4/5
Até à próxima e boas leituras!
Ellis
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