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A pirâmide vermelha (As crónicas dos Kane #1) | Opinião #141

 Olá a todos!

    Finalmente, damos seguimento ao nosso projeto de releitura do Riordanverso, agora com a 3ª parte deste projeto: As Crónicas dos Kane. É verdade, este Verão vai ser ocupado pela mitologia egípcia.

Confere os restantes livros do autor:

Sobre o autor

    Rick Riordan é o autor best-seller nº 1 do New York Times de mais de vinte romances para jovens leitores, incluindo a série Percy Jackson, as Crônicas dos Kane, a série Magnus Chase e os Desafios de Apolo. Ele também é o autor da premiada série de mistério Tres Navarre para adultos.

    Por quinze anos, Rick ensinou inglês e história em escolas de ensino médio públicas e privadas na área da baía de São Francisco e no Texas. Enquanto ensinava em San Antonio, o Saint Mary's Hall o homenageou com o primeiro Master Teacher Award da escola. Enquanto ensinava em tempo integral, Riordan começou a escrever romances de mistério para adultos. Sua série Tres Navarre passou a ganhar os três principais prêmios nacionais no gênero mistério – o Edgar, o Anthony e o Shamus. Riordan virou-se para a ficção infantil quando começou O Ladrão de Raios como uma história de ninar para seu filho mais velho.

    Hoje, mais de cem milhões de cópias de seus livros são impressas apenas nos Estados Unidos, e os direitos foram vendidos em mais de 37 países. Rick Riordan agora escreve em tempo integral. Ele mora em Boston com sua esposa e dois filhos.

Sinopse

    Desde a morte da mãe, Carter e Sadie tornaram-se quase estranhos. Enquanto Sadie viveu com os avós em Londres, o irmão viajou pelo mundo com o pai, o brilhante egiptólogo Dr. Julius Kane.

    Uma noite, o Dr. Kane decide reunir os irmãos e pôr em prática um plano secreto no Museu Britânico. A experiência corre tão mal que uma explosão faz rebentar a Pedra de Roseta e liberta Set, o terrível deus egípcio do caos.

    Com o pai votado ao esquecimento, Carter e Sadie Kane são forçados a fugir para salvar as suas vidas e embarcam numa perigosa aventura pelo mundo.

    Conseguirão os irmãos Kane enfrentar as forças míticas do Antigo Egito e salvar o mundo da destruição?

Opinião

    Os livros centram-se em Carter e Sadie Kane, dois irmãos que nada têm a ver um com o outro. Após a morte da sua mãe, os dois foram separados. Carter vive com o pai, sempre de um lado para o outro, viajando pelo mundo inteiro, mas sem ter um sítio a que possa chamar de casa. Sadie vive com os avós em Inglaterra, levando uma vida completamente normal com direito a escola e amigos. Claro que isso tudo muda quando o pai de ambos liberta os deuses egípcios que se encontravam presos.

"A justiça não significa que todos recebem o mesmo. Justiça significa todos terem aquilo que precisam. E a única maneira de o conseguires é fazeres com que aconteça. Percebeste?"

    Bem, nada de novo nos livros do Tio Rick, certo? Certo, mas acho que é exatamente isso que é tão divertido nos livros do Tio Rick, é tentar descobrir como ele encaixa a mitologia nos nossos dias e cola-a de uma forma que pareça coesa.

    Em A pirâmide vermelha, Carter e Sadie são lançados sem paraquedas para o mundo dos deuses, repleto de magia. Essa é a parte que eu mais gosto de CDK: a magia. Sim, o mundo egípcio está repleto de feitiços. No mundo antigo, feitiços e rezas faziam parte do dia-a-dia da população, no entanto apenas a mitologia egípcia parece transparecer esse pequeno aspeto. Eu gosto da maneira de como Riordan introduz a magia em CDK e torna a trilogia em algo diferente e separado de Percy Jackson ou Heróis do Olimpo.

"Não estamos falando de provas nas quais você pode ser reprovada, Sadie. É passar ou morrer."

    CDK também se demarca das outras séries do autor pela sua relação com os deuses. Enquanto que em PJO e HDO, os deuses são entidades feitas para serem adoradas e simplesmente estão lá, aqui temos uma inversão de 360º. Os deuses egípcios são encarados como verdadeiras forças da natureza, apenas uma manifestação "humanizada" da própria Natureza, sendo por isso representados com cabeças de animais. No livro, as personagens temem os deuses e, inclusive, tentam suprimi-los e aprisioná-los. Continua a ser uma relação de amor-ódio, mas ódio do que propriamente amor.

    Outro aspeto que vale ressaltar é o carácter internacional que a história tem. Sim, o ponto principal da premissa deste primeiro livro ainda é nos EUA, porém grande parte do livro é passado no estrangeiro, com as personagens a saltarem de um país para o outro. Acho que é um aspeto refrescante.

"A verdade é dura. A toda a hora chegam à Sala do Julgamento espíritos que não podem confessar as suas mentiras. Negam as suas faltas, os seus verdadeiros sentimentos, os erros que cometeram...até que Ammut lhes devora as almas para toda a eternidade. É preciso força e coragem para reconhecer a verdade."

    A escrita de Rick Riordan continua a pautar-se pela sua leveza e humor sarcástico, tão característicos. Com A pirâmide vermelha, Rick Riordan marca o seu regresso à narração em primeira pessoa, que havia sido momentaneamente abandonada em HDO. Foi muito engraçado ler o livro como se fosse a transcrição de um vídeo. Já me tinha esquecido do quanto era estranho e divertido ao mesmo tempo.

    E as personagens?

    Não há como não amar Carter, Sadie e as restantes personagens. São diferentes das nossas mais conhecidas como Percy, Annabeth, Nico, Reyna, Hazel, etc., têm diferentes histórias e diferentes vivências. As personagens vão aprendendo com os erros e amadurecendo ao longo do livro.

"Pois nós pudemos. Desistimos dos deuses por nossa vontade. E tu tens muito que aprender sobre o que é ou não possível."

    Em suma, A pirâmide vermelha marca um novo lado do Riordanverso, não deixando nuca de empregar os clichés que adoramos.

⭐⭐⭐⭐

4/5

Até à próxima e boas leituras!

Ellis

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