Olá a todos! Hoje trago-vos a minha crítica sobre o segundo volume de Song of the long march.
Não se esqueçam de conferir as críticas dos restantes volumes:
Sobre a autora
Xia Da é uma artista de manhua (o equivalente chinês ao mangá), nascida a 4 de abril de 1981, em Huaihua, na Província de Hunan. Cedo ela começou a interessar-se pelo desenho e pela banda desenhada. Em 2003, publicou o seu primeiro manhua, April Story. Logo seguir-se-iam os seus trabalhos mais conhecidos, Zi Bu Yu e Chang Ge Xing (traduzido como Song of the long march) - publicados em 2008 e 2012, respetivamente.
Ambas obras alcançaram grande notoriedade dentro da China e no Japão, por conta do seu estilo clássico. Song of the long march foi adaptada a uma série de televisão em 2019, Dilraba Dimurat e Leo Wu nos papéis principais; valendo-lhe ainda dois prémios.
Em 2016, Xia Da veio a público denunciar o contrato desigual imposto pela editora. Pouco tempo depois, a artista rescindiu o contrato e no ano seguinte criou o seu próprio estúdio em Hangzhou, onde começou a publicar o seu novo trabalho, Shiyi Liu. Song of the long march encontra-se em hiato indefinido.
Sinopse
China, 626. Li Changge juntou-se à província de Shuo na esperança de formar um exército contra seu tio e assim satisfazer sua vingança. Disfarçada de homem e promovida ao posto de capitã graças à sua audácia militar, a princesa enfrenta os formidáveis turcos que ameaçam o país. Mas o jogo de poder está em andamento e nem todos veem esta ascensão meteórica de forma favorável...
Opinião
O primeiro volume serviu de introdução para a história de Li Changge, agora o segundo volume já mergulha a fundo nas intrigas políticas e militares.
Neste 2º volume, a nossa princesa disfarça-se de homem e viaja até à província de Shuo, onde espera obter um cargo militar e assim conquistar aliados para os seus planos de vingança. Rapidamente, ela vê-se numa situação de guerra contra os turcos quando estes sitiam a província. O segundo volume do manhua é menos dinâmico que o primeiro, no entanto não deixa de ser menos interessante. Somos apresentados a uma série de jogos mentais que vêm com a guerra: o tentar prever o próximo movimento do nosso oponente, pensar em estratégias que nos deem a vantagem no terreno, etc. É interessante observar as reações de ambos os lados ao cerco, dos Han e dos Turcos. Somos igualmente apresentados a novas personagens como Ashina Sun, Mujin e Mimiguli. Ainda é demasiado cedo para falar destas três personagens, contudo tenho que salientar que achei graça a alguns momentos entre Ashina Sun e Mujin.
Quanto à nossa personagem principal, ela passa por uma grande mudança neste volume. Obcecada com a sua vingança, Changge tenta à risca seguir o seu plano e, na eventualidade de este falhar, ela cria um plano alternativo. A rapariga tem planos alternativos dentro de planos alternativos. Todavia, essa sua obsessão pela vingança impede-a de ver o panorama geral ou até mesmo de confiar verdadeiramente nas pessoas ao seu redor.Achei que foi uma boa decisão narrativa por parte da autora, fazê-la perder o cerco, muito devido à sua arrogância. Agora cativa dos turcos, os seus inimigos, estou curiosa para ver o que aguarda a nossa princesa.
⭐⭐⭐⭐
4.5/5
Até à próxima e boas leituras!
Ellis
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