Hoje trago-vos a minha crítica sobre o quarto volume de Song of the long march. Não se esqueçam de conferir as críticas dos restantes volumes:
- Song of the long march (volume 1)
- Song of the long march (volume 2)
- Song of the long march (volume 3)
- Song of the long march (volume 5)
Sobre a autora
Xia Da é uma artista de manhua (o equivalente chinês ao mangá), nascida a 4 de abril de 1981, em Huaihua, na Província de Hunan. Cedo ela começou a interessar-se pelo desenho e pela banda desenhada. Em 2003, publicou o seu primeiro manhua, April Story. Logo seguir-se-iam os seus trabalhos mais conhecidos, Zi Bu Yu e Chang Ge Xing (traduzido como Song of the long march) - publicados em 2008 e 2012, respetivamente.
Ambas obras alcançaram grande notoriedade dentro da China e no Japão, por conta do seu estilo clássico. Song of the long march foi adaptada a uma série de televisão em 2019, Dilraba Dimurat e Leo Wu nos papéis principais; valendo-lhe ainda dois prémios.
Em 2016, Xia Da veio a público denunciar o contrato desigual imposto pela editora. Pouco tempo depois, a artista rescindiu o contrato e no ano seguinte criou o seu próprio estúdio em Hangzhou, onde começou a publicar o seu novo trabalho, Shiyi Liu. Song of the long march encontra-se em hiato indefinido.
Sinopse
Opinião
O quarto volume parece marcar uma viragem na narrativa e na trajetória das personagens. Neste volume saltamos para mais uma crise política, desta vez entre os turcos (mais concretamente entre Ashina Sun e o Khan Menor, Ashina She'Er). Achei que esta "crise" foi um bocado desnecessária e não teve tanto impacto assim na história em geral. Foi interessante no sentido em que realça como os diferentes povos nómadas se relacionam entre si, mas de resto não me encheu as medidas. Mesmo as reações das personagens pareceram-me um tanto exageradas.
"As mulheres são pequenas e frágeis... mas o poder que elas detêm é imensurável."
O que é que eu posso dizer sobre as personagens? Bem, a Mimi morreu! Descobrimos que afinal ela era uma espiã ao serviço de Jin'Se. Sendo completamente honesta, senti um bocadinho de pena tanto de Mimi como de Changge, mais pela amizade que elas desenvolveram. De resto, não senti grande impacto na sua morte. Quanto a Sun, é revelado que este afinal é um Khitan e não um turco. Pode ser que esta nova revelação o leve por outros caminhos. Não sei, mas estou curiosa para ver como a autora vai desenvolver esta linha narrativa. Já Changge encontra-se numa encruzilhada. Dá para perceber que a morte de Mimi causou um grande impacto na personagem, pelo que ela desaparece no final do volume. Acho que a autora tem à sua frente uma oportunidade de ouro para desenvolver ainda melhor Changge enquanto personagem. Afastada de tudo e de todos, a personagem parece entrar num estado de meditação e reflexão sobre as suas ações e sobre os seus verdadeiros objetivos - qual é o seu verdadeiro caminho?
Estou curiosa para ver o que se segue.
⭐⭐⭐
3/5
Até à próxima e boas leituras!
Ellis
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