Olá a todos! Prontos para mais um artigo de opinião aqui no blog? Desta vez venho falar sobre um livro que há muito tempo estava na minha estante para eu ler (quem nunca) e que, finalmente, peguei-o para ler.
Sobre a autora
Naomi Alderman cresceu em Londres e frequentou a Universidade de Oxford. É professora de Escrita Criativa na Bath Spa University e escreve frequentemente para o jornal the Guardian. O seu primeiro romance, Desobidiência, já publicado pela Saída de Emergência, ganhou em 2006 o Orange Award for New Writers. Em 2017, O Poder venceu o Baileys Women's Prize para Ficção.
Sinopse
Quando as raparigas ganham o poder de causar sofrimento e morte, quais serão as consequências?
E se, um dia, as raparigas ganhassem subitamente o estranho poder de infligir dor excruciante e morte? De torturar, magoar e matar? Quando o mundo se depara com essa estranho fenómeno, a sociedade tal como a conhecemos desmorona e os papéis são invertidos. Ser mulher torna-se sinónimo de poder e força, ao passo que os homens passam a ter medo de andar na rua, sozinhos à noite.
Ao narrar as histórias de várias protagonistas, de múltiplas origens e estatutos diferentes, Naomi Alderman constrói um romance extraordinário que explora os efeitos devastadores desta reviravolta da natureza, o seu impacto na sociedade e a forma como expõe as desigualdades do mundo contemporâneo.
Opinião
Como já disse, O Poder era um livro que estava na minha estante há já bastante tempo. Finalmente, decidi pegar nele e começar a lê-lo. O que mais me atraiu no livro para o comprar foi a sinopse (a capa também me passou uma aura de mistério): uma realidade onde os papéis são invertidos e as mulheres passam a deter o poder político. Isso foi o que mais me chamou à atenção e pensei que seria um livro interessante, que me faria olhar para a sociedade do livro e para a nossa sociedade contemporânea e traçar paralelos entre as duas.
E foi exatamente isso que aconteceu, à medida que ia lendo cada frase, cada parágrafo, cada página.
Naomi Alderman explora muito bem as mudanças pelas quais o mundo passa, a todos os níveis, acalentadas por um estranho fenómeno que conferiu às mulheres poderes elétricos - que de resto ninguém consegue encontrar uma explicação científica para tal.
É interessante acompanhar essas alterações pelos olhos das várias protagonistas, todas elas de diferentes estatutos sociais, com experiências de vida diferentes. Ah, também devo mencionar que a autora não se esqueceu dos homens, incluindo pontos de perspetiva narrados por personagens masculinas abarcando dessa forma os dois lados.
O livro explora igualmente o papel das instituições, tanto civis como religiosas, e como estas se revelam frágeis quando a cadeia de comando é totalmente invertida. Fala-se também do surgimento de seitas, motins, revoluções e de conflitos armados - com a mesma magnitude dos que são noticiados nas nossas televisões e na internet.
O Poder é, sem dúvida, um livro extremamente interessante, obrigando-nos a analisar a sociedade por outra perspetiva. Convido todos vós a ler este livro. Prometo que será uma experiência diferente.
Até à próxima e boas leituras!
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