Pois é, apesar da grande desilusão que tive, regressei aos livros da Cassandra Clare, seguindo a ordem de leitura que me foi indicada. Hoje venho falar da minha experiência com Anjo mecânico, o primeiro livro da trilogia As peças infernais.
Confere os restantes livros da autora:
- Cidade dos ossos (Os instrumentos mortais #1)
- Príncipe mecânico (Peças infernais #2)
- Princesa mecânica (Peças infernais #3)
Sobre a autora
Sinopse
Quando Tessa Gray, uma jovem de dezasseis anos, atravessa o oceano para se reunir ao irmão, o seu destino é a Inglaterra do reinado da rainha Vitória e aventuras aterrorizantes aguardam-na no Mundo-à-Parte de Londres, onde vampiros, bruxos e outras personagens sobrenaturais palmilham as ruas iluminadas a gás. Apenas os Caçadores de Sombras, guerreiros que se dedicam a livrar o mundo de demónios, conseguem manter a ordem no caos.
Raptada pelas misteriosas Irmãs Escuras, membros de uma organização secreta chamada Clube Pandemonium, Tessa fica a saber que também pertence ao Mundo-à-Parte e que possui uma habilidade rara: o poder de se transformar, quando quer, noutra pessoa. Além disso, o Magister, a figura misteriosa que dirige o clube, tudo fará para reclamar o poder de Tessa para si.
Sem amigos e perseguida, Tessa refugia-se junto dos Caçadores de Sombras do Instituto de Londres, que lhe juram encontrar o irmão se usar o seu poder para os ajudar. Em breve se sente fascinada, e dividida, entre dois amigos: James, cuja beleza frágil esconde um segredo mortal, e Will, um rapaz de olhos azuis, cujo humor cáustico e temperamento volúvel mantêm toda a gente à distância... ou seja, todos menos Tessa. Enquanto a investigação os vai arrastando para o âmago de uma conspiração tenebrosa que ameaça destruir os Caçadores de Sombras, Tessa percebe que poderá ter de escolher entre salvar o irmão e ajudar os seus novos amigos a salvar o mundo... e que o amor pode ser a magia mais perigosa de todas.
Opinião
Anjo Mecânico é o primeiro livro da trilogia As peças infernais, a qual serve como prequela para a saga d'Os instrumentos mortais de Cassandra Clare. Nesta trilogia, Cassandra Clare transporta os seus leitores para o Mundo das Sombras no decorrer do séc. XIX, mais concretamente na Inglaterra Vitoriana. Bem, devo dizer que Clare superou-se (e muito) nesta trilogia. Não é segredo nenhum que eu fiquei bastante desapontada com Cidade de Ossos, Cidade de Cinzas e Cidade de Vidro. Esperava mais da narrativa que aquilo que encontrei. No entanto, Anjo Mecânico provou ser infinitamente melhor que os livros anteriores.
Sempre se deve ter cuidado com os livros e com o que está dentro deles, pois as palavras têm o poder de nos transformar.
A história acompanha Theresa Gray - ou simplesmente Tessa -, uma jovem americana com um grande amor pelos livros (nomeadamente romances), na sua chegada a uma Londres cinzenta, coberta pelo fumo das fábricas. Na sua chegada a Londres, Tessa é raptada por duas irmãs sinistras que querem algo dela. Mas o quê exatamente? Essa é a parte interessante do livro. O livro inteiro é construído ao redor desse mistério. Eu fiquei abismada com a qualidade do livro. Parecia até que tinha sido outra pessoa completamente diferente a escrever este livro. As personagens, o enredo, a prosa, tudo...é difícil quantificar a minha surpresa.
Tessa é uma excelente protagonista (mil e uma vezes melhor que Clary), com as suas falhas e as suas forças. Will Herondale e Jem Carstairs também conquistaram o meu coração - embora, eu esteja mais inclinada para Jem - com a sua relação de irmandade e camaradagem. Mesmo as demais personagens possuem um papel relevante na trama e nenhuma é deixada de lado.
Seja como você for fisicamente, homem ou mulher, forte ou fraco, doente ou saudável, tudo isso importa menos do que o que há em seu coração. Se tiver a alma de um guerreiro, você é um guerreiro. Independemente da cor, da forma, do tom que a envolve, a chama do lampião permanece a mesma. Você é essa chama. É nisso que eu acredito.
Mesmo toda a questão do romance foi bem trabalhada, como algo complementar ao enredo e que acontece naturalmente e não aquela coisa estranha e enfadonha que verificamos com Clary e Jace.
Se nos livros anteriores me foi custoso ler página após página, a verdade é que nem dei pelo tempo passar enquanto lia Anjo Mecânico. A prosa é de uma fluidez impressionante, nunca se tornando maçadora em momento algum! Eu diria que este livro foi realmente uma melhoria. Agora, faço figas para que a qualidade se mantenha.
Nota: 4.5/5
Até à próxima e boas leituras!
Ellis
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