Príncipe mecânico (As peças infernais #2) | Opinião #145

 Olá a todos!

    Se Anjo Mecânico já era bom, Príncipe Mecânico foi ainda melhor. Príncipe Mecânico é então o segundo livro desta trilogia que serve como prequela à saga Os instrumentos mortais e, meus amigos, que livro! Vou tentar ser o mais sucinta possível, mas com toda esta emoção vai ser difícil.

    Aproveita e dá uma espreitadela aos restantes livros da autora:

• Cidade dos ossos (Os instrumentos mortais #1)
• Anjo mecânico (As peças infernais #1)
• Princesa mecânica (As peças infernais #3)

Sobre a autora

    Cassandra Clare nasceu no Irão e passou os primeiros anos a viajar pelo mundo com a família e vários baús cheios de livros de fantasia, entre os quais As Crónicas de Nárnia. Mais tarde, trabalhou como jornalista em Los Angeles e Nova Iorque. Cassandra Clare vive em Massachusetts com o marido, os gatos e ainda mais livros. No total, os seus livros já venderam mais de 50 milhões de exemplares.

Sinopse

    No submundo mágico da Londres vitoriana, Tessa Gray encontrou por fim a segurança com os Caçadores de Sombras. Mas esta torna-se efémera quando forças desonestas na Clave se revelam para destruir a sua protectora, Charlotte, e substituí-la como chefe do Instituto. Se Charlotte perder a sua posição, Tessa será posta na rua - e presa fácil para o misterioso Magister, que deseja usar os poderes de Tessa para os seus fins obscuros. Com a ajuda do bonito e autodestrutivo Will e do devotado e dedicado Jem, Tessa descobre que a guerra do Magister contra os Caçadores de Sombras é pessoal. Ele culpa-os de uma tragédia íntima que lhe destruiu a vida. Para desvendar os segredos do passado, o trio viaja através das névoas do Yorkshire para uma mansão que contém horrores indizíveis, dos bairros-de-lata de Londres para um salão de baile encantado, onde Tessa descobre que a verdade sobre a sua paternidade é mais sinistra do que alguma vez imaginou. Quando encontra um demónio mecânico com um aviso de Will, apercebe-se que o Magister sabe de todos os seus movimentos… e que um deles os traiu. Tessa descobre que o seu coração está cada vez mais atraído por Jem, apesar do seu anseio por Will e dos sombrios estados de alma que continuam a abalar a sua confi ança. Mas algo está a mudar em Will… a parede que construiu à sua volta desmorona-se. Conseguirá o Magister libertar Will dos seus segredos e dar a Tessa as respostas sobre quem é e para que nasceu? A verdade leva os amigos para o perigo, e Tessa descobre que quando o amor e mentiras se misturam podem corromper até o coração mais puro.

Opinião

Todo o mundo tem medo da morte. Podemos descender de anjos, mas não temos mais conhecimento sobre o que vem depois da morte do que você.

    Príncipe Mecânico continua onde Anjo Mecânico nos deixou: Tessa vive agora no Instituto de Londres com Charlotte, Henry, Will e Jem; ao mesmo tempo, a ameaça do Magistrado e do seu exército cresce de dia para dia e a Clave é obrigada a agir. Príncipe Mecânico pode ser um livro do meio, mas em nada se pode comparar ao típico "livro do meio" de uma trilogia. O que é que eu quero dizer com isto? Bem, normalmente, o famigerado "livro do meio" possui a fama de ser um livro onde nada acontece, onde os autores simplesmente se perdem na sua própria história e com isso ameaçam ou estragam os arcos das suas personagens. Existem imensos exemplos por essa literatura fora. Todavia, este não é o caso de Príncipe Mecânico.

    Na minha humilde opinião, Príncipe Mecânico conseguiu superar Anjo Mecânico com o seu suspense muito bem construído e o incrível desenvolvimento de personagens. Tessa, Will e Jem estão decididos a parar o plano do Magistrado a todo o custo. O problema? Eles não têm a mais ínfima ideia de qual seja o seu plano. Portanto, com a ajuda de Charlotte e Henry, os três lançam-se numa busca que os conduz ao passado. Cada descoberta é mais uma peça do puzzle, no entanto o Magistrado parece estar ao corrente de todos os seus movimentos. Imediatamente, levantam-se suspeitas de que possa existir um traidor. Mas quem poderá ser?

Não faça soar desta forma. Como uma espécie comum de dor. Não é assim. Dizem que o tempo cura todas as feridas, mas isso presume que a fonte da dor é finita. Que está superada. Isto é uma ferida aberta todos os dias.

    Neste livro verifica-se um maior desenvolvimento das personagens, esmiuçando os seus sonhos e os seus desejos. Continuamos a acompanhar Tessa no seu crescimento de menina para uma mulher forte, que toma o seu próprio destino nas suas mãos. Will e Jem também continuam a crescer. A autora revela-nos o passado de Will e as razões por detrás das suas ações. Ao mesmo tempo que vamos desvendando o seu passado, também vamos projetando o seu futuro - porque tanto passado quanto futuro estão interligados. E Jem, o seu parabatai (que a esta altura já se cimentou como um dos meus crushes), encontra igualmente o seu futuro e o seu propósito para viver.

    A relação que se forma entre Tessa, Will e Jem é uma relação de uma beleza e de uma pureza tais, que é difícil encontrar plasmado na literatura. Os três amam-se com uma ferocidade entre si e fariam tudo para preservar a felicidade do outro.

A nobreza é encontrada nos lugares mais estranhos, Soph.

    Mas um livro não se faz somente com as personagens principais, também as secundárias têm um papel a desempenhar e neste livro também elas demonstram um grande desenvolvimento. Desde Shophie que revela ser mais corajosa do que se pensava, a Jessamine que se perdeu nos seus sonhos e fantasias, e aos Lightwood que são confrontados com o que é certo e a lealdade cega à família.

    Em suma, Príncipe Mecânico é um livro arrebatador como poucos o conseguem ser. Faço figas para que o próximo seja ainda melhor que este.

Nota: 5/5

Até à próxima e boas leituras!

Ellis