Após uma pausa, estou de volta com mais resenhas de Hell's Paradise.
Atenção: este artigo contém spoilers!
Não te esqueças de conferir as resenhas dos restantes volumes:
- Hell's Paradise (Volume 1)
- Hell's Paradise (Volume 2)
- Hell's Paradise (Volume 3)
- Hell's Paradise (Volume 4)
- Hell's Paradise (Volume 5)
- Hell's Paradise (Volume 7)
- Hell's Paradise (Volume 8)
- Hell's Paradise (Volume 9)
- Hell's Paradise (Volume 10)
- Hell's Paradise (Volume 11)
- Hell's Paradise (Volume 12)
- Hell's Paradise (Volume 13)
Sobre o autor
Sinopse
Opinião
De volta às minhas leituras de mangás, o volume 6 de Hell's Paradise balanceia cenas de ação com momentos mais parados e expositivos de forma magistral.
O volume 6 continua exatamente onde o volume anterior parou, no encontro entre Choubei Aza e Gabimaru. O que se segue é uma luta intensa entre as duas personagens, a qual o autor aproveita para demonstrar de forma visual os riscos do uso excessivo do Tao. Tanto Gabimaru quanto Choubei começam a perder a noção de si próprios, ou seja, o sentido da sua identidade. No caso de Choubei, a arborificação vai lentamente tomando conta do seu corpo até, em última instância, o levar à morte. No caso de Gabimaru, ele simplesmente marcha diretamente para a morte. As duas personagens apenas conseguem reverter os efeitos do Tao quando se lembram daquilo que ambos têm mede de perder, isto é, das pessoas que eles amam e que lhes conferem sentido à sua existência - a sua fraqueza.
"Fraqueza é a semente da força"
Choubei volta a destacar-se neste volume. Até ao momento, a personagem tem sido caracterizada como um dos potenciais antagonistas, opondo-se a Gabimaru, Sagiri e o resto do pessoal da ilha. Embora essa caracterização não seja completamente inadequada, a verdade é que é apenas uma camada. Neste volume, Kaku explora o laço que une os irmãos Aza e o quanto cada um está disposto a fazer pelo outro, especialmente Choubei, que até ao momento parecia frio e distante para com Touma. Este novo desenvolvimento da personagem é interessante, conferindo-lhe uma nova camada que vai além do antagonismo. Porque, na verdade, todas as personagens de Hell's Paradise são moralmente dúbias, habitando na famigerada "área cinzenta".
Gabimaru e Sagiri protagonizam igualmente um novo momento de desenvolvimento no que toca à sua relação. Os dois parecem ter chegado a um entendimento de que, para saírem da ilha com vida, necessitam de trabalhar em conjunto. Até ao momento, a cooperação entre os dois é, de certa forma, frágil, pois ambos ainda se encontram comprometidos com os seus papéis de carrasco e prisioneiro. É somente após o confronto com um dos Tensen que Sagiri realmente está disposta a abandonar o seu papel de carrasco e tornar-se numa aliada de Gabimaru sem reservas. Essa mudança de atitude permite que Sagiri consiga restaurar o Tao de Gabimaru (e, por conseguinte, as suas memórias). Este restauro do Tao é acompanhado de uma certa tensão sexual entre os dois, que não chega a ser consumado intimamente. Acho que a nova atitude de Sagiri trará novos desenvolvimentos na sua relação com Gabimaru, no entanto esta tensão sexual entre os dois deixa-me de pé atrás, pois, para ser honesta, eu preferia que a sua relação se mantivesse platónica. E quanto à esposa de Gabimaru? Agora que ele recuperou as memórias, certamente pode afirmar, sem a menor sombra de dúvida, que ela é real, certo?
Mais uma vez, Kaku brinca com o mistério da esposa - a qual finalmente recebe um nome. Eu sinto que Yui, a esposa de Gabimaru, vai ser um mistério até ao fim. Ao ouvir as teorias de Yuzuriha, Gabimaru dá o braço a torcer para a kunoichi, concordando que realmente as suas teorias fazem sentido. Contudo, ele ressalva que não acredita nelas, não porque tenha provas concretas, mas antes por intuição.
No final do volume, é-nos mostrado o desembarque dos ninjas de Iwagakure, o que se traduz em problemas no horizonte para Gabimaru e os restantes sobreviventes.
⭐⭐⭐⭐
4/5
Boas leituras e até à próxima!
Ellis
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