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Haikyuu (Vol. 3) | Opinião #224

 Saudações caros leitores!

    Prontos para mais uma crítica de Haikyuu? Hoje será sobre o terceiro volume!

    Não se esqueçam de conferir os próximos volumes:

Sobre o autor

    Haruichi Furudate nasceu a 7 de Março de 1983, em Karumai, na prefeitura de Iwate, Japão. Em 2008, o mangaka publica um one-shot, intitulado King Kid - o qual recebeu menções honrosas. No ano de 2010, publicou a sua primeira série na revista Weekly Shounen Jump. É em 2012 que Furudate começa a trabalhar no seu trabalho mais notável, Haikyuu. No ano de 2015, o mangá é galardoado com o Shokugan Manga Award, na categoria shounen. Haikyuu terminou a sua serialização em julho de 2020, sendo que nessa altura encontrava-se entre os cincos mangás mais vendidos ao redor do mundo.

Sinopse

    Karasuno has successfully defeated Tohru Oikawa and Aoba Johsai in their practice match, but the team’s future doesn’t look so bright. The match uncovered serious holes in Karasuno’s defense, which would be fatal in a real game! What they need is a defense expert, a libero, to cover their holes for them. It turns out Karasuno does have a libero named Yu Nishinoya, but he was suspended for one week for violent behavior! And he’s even shorter than Hinata!

Opinião

[Capítulos 17 - 25]

    O terceiro volume dá continuidade ao primeiro arco, apresentando-nos mais um conjunto de personagens que se mostrarão essenciais para o desenrolar da história. São elas Nishinoya, Asahi e Kenshin Ukai.

    Creio que não preciso de elaborar muito sobre Nishinoya ou não fosse uma das personagens mais queridas pelos fãs. Assim como o resto da equipa, ele é caótico, mas franco e honesto. Um espírito livre, Nishinoya dedica-se de alma e coração no voleibol, assumindo a posição de líbero (uma posição exclusivamente de defesa) - valendo-lhe a alcunha de «Divindade Guardiã». Surpreendendo um total de zero pessoas, eu adoro Nishinoya. Não só partilhamos literalmente a mesma altura, como a personagem em si me inspira a sair da minha zona de conforto. Nishinoya encara a vida como uma grande aventura, experimentando todo o tipo de coisas - mesmo que possam parecer assustadoras à primeira vista.

    A seguir temos Asahi, o craque da equipa. Asahi é a própria definição de cinnamon roll. Pode ter uma grande altura, ao ponto de parecer um gigante, mas na realidade ele é um fofo. O terceiro volume é extremamente impactante no que toca à sua introdução enquanto personagem pela simples razão que nós não o conhecemos no seu ponto mais alto, mas antes no seu ponto mais baixo. Após uma partida desmoralizante, Asahi desistiu por uns tempos do voleibol e é só com a entrada de Hinata e de Kageyama que ele é capaz de enfrentar o seu trauma e reencontrar a sua paixão pelo voleibol.

    Aliás, esse é um dos pontos mais impactantes deste terceiro volume: a relação conturbada que temos com o nosso objeto de paixão. Quantas vezes já pensámos em desistir daquilo que gostamos, simplesmente porque atingimos um obstáculo que parece intransponível. Não precisa ser necessariamente algum desporto, mas aquela pequena coisa na qual depositamos todo o nosso tempo livre porque, de algum modo, nos apaixona. É certo e sabido que todas as coisas que realmente valem a pena trazem consigo inúmeros obstáculos. Por vezes, não somos capazes de os enfrentar logo à primeira e, mesmo após várias tentativas, ainda não saímos do mesmo sítio. Uns continuam a esforçar-se, outros desistem. Neste volume, Haikyuu mostra-nos que tais obstáculos fazem parte da vida e não há mal nenhum em parar um pouco e repensar na nossa vida. No entanto, devemos colocar a seguinte questão: será que eu ainda gosto disto?

    É certo que ainda estão para vir momentos mais emocionantes e impactantes, contudo este pequeno momento é bastante demonstrativo da qualidade narrativa que Furudate construiu ao analisar aquilo que é a paixão das pessoas e o seu compromisso para com o objeto de paixão, podendo este ser profundo ou passageiro.

    Por último, temos Kenshin Ukai. Neto do famoso técnico, Ukai é exatamente a peça que faltava à equipa: um treinador experiente. A forma como Ukai se junta à equipa sempre me pareceu muito hilária. A princípio, ele recusa todas as propostas de Takeda-sensei, porém, é através da persistência deste último e de ver o esforço e o potencial de Karasuno, ele junta-se à equipa, orientando-os como um verdadeiro treinador.

    Em suma, o terceiro volume traz emoção e desenvolvimento de personagem, completando finalmente a equipa. Agora está na altura dos corvos partirem para voos mais altos.

⭐⭐⭐⭐⭐

5/5

Até à próxima!

Ellis

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