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Haikyuu (Vol. 4) | Opinião #226

 Saudações caros leitores!

    Prontos para mais uma crítica de Haikyuu? Hoje será sobre o quarto volume!

    Não se esqueçam de conferir os próximos volumes:

Sobre o autor

    Haruichi Furudate nasceu a 7 de Março de 1983, em Karumai, na prefeitura de Iwate, Japão. Em 2008, o mangaka publica um one-shot, intitulado King Kid - o qual recebeu menções honrosas. No ano de 2010, publicou a sua primeira série na revista Weekly Shounen Jump. É em 2012 que Furudate começa a trabalhar no seu trabalho mais notável, Haikyuu. No ano de 2015, o mangá é galardoado com o Shokugan Manga Award, na categoria shounen. Haikyuu terminou a sua serialização em julho de 2020, sendo que nessa altura encontrava-se entre os cincos mangás mais vendidos ao redor do mundo.

Sinopse

Shoyo Hinata quer provar que no vôlei não é preciso ser alto para voar!

    Desde que viu o lendário jogador conhecido como “o Pequeno Gigante” competir nas finais nacionais de vôlei, Shoyo Hinata tem como objetivo ser o melhor jogador de vôlei de todos os tempos! Ele decide se juntar ao time da escola que o Pequeno Gigante frequentou - e então superá-lo. Quem disse que você precisa ser alto para jogar vôlei quando consegue pular mais alto do que qualquer outra pessoa?

    O campo de treinamento começa com um estrondo! Hinata e seus companheiros treinam muito na preparação para o jogo-treino contra Nekoma, mas precisarão aprimorar suas habilidades de recepção se quiserem vencer. Então, finalmente, depois de todo o seu trabalho duro, chega o momento que todos esperavam: o renascimento da rivalidade de longa data entre os gatos e os corvos! E o levantador inicial de Nekoma parece vagamente familiar…

Opinião

[Capítulos 26 - 34]

    Com o quarto volume, o primeiro arco de Haikyuu chega no seu final. E que final, caros leitores!

Humanos não têm asas, então eles procuram uma forma para voar

    Neste quarto volume somos introduzidos a uma nova equipa (e portanto, a todo um novo conjunto de personagens), a Nekoma. No entanto, Nekoma é diferente de Aoba Johsai, no sentido em que não temos o foco exclusivamente num único jogador (falo de Oikawa), mas antes na equipa inteira - uma vez que Karasuno e Nekoma possuem uma rivalidade antiga.

    É muito interessante ver este primeiro embate entre os corvos e os gatos, pois as duas equipas possuem níveis de habilidade completamente díspares. Karasuno ainda se está a desenvolver, ao passo que Nekoma já se encontra mais entrosada com todos os seus membros titulares. Para além disso, é particularmente interessante a diferença de estilos entre as duas equipas. Furudate-sensei faz questão de que cada equipa tenha a sua própria particularidade, o seu próprio estilo de jogo e de mentalidade, permitindo assim uma clara diferenciação entre a equipa "protagonista" e as equipas "secundárias". Em última análise, essa diferenciação entre as equipas traz um senso de realismo que, por vezes, se perde em outras obras: todos os adversários são bem trabalhados, realçando os seus desejos e necessidades, fazendo com que nós leitores acabemos por apoiá-los também. Naturalmente, algumas equipas e certos jogadores acabam por ser mais desenvolvidos ao contrário de outros. Ainda assim, mesmo aqueles que não são tão desenvolvidos possuem uma personalidade marcante que os diferencia de outras personagens.

    Quanto às nossas queridas personagens, creio que o destaque deste volume deve ir para Sugawara. Sugawara é o levantador titular de Karasuno, no entanto face à pura genialidade de Kageyama o seu lugar fica em risco. Numa situação destas, é fácil ter inveja e ficar ressentido porque o novato ficou com o lugar de alguém que já está ali há mais tempo. Todavia, Sugawara engole o seu orgulho e, perante a possibilidade de vitória com Kageyama como titular, ele cede o lugar. Claro, não o faz sem alguma tristeza ou ligeira frustração. No entanto, ele reconhece a realidade e aceita-a, utilizando este pequeno contratempo como motivação para trabalhar ainda mais.

    É isso que eu mais gosto em Haikyuu. Em Haikyuu há este reconhecimento que haverá sempre alguém mais talentoso ou qualificado que nós. Contudo, isso não deve ser desculpa para simplesmente desistir. Pelo contrário, devemos aproveitar para analisar onde estão os nossos ponto fracos e melhorá-los. É uma verdadeira inspiração e um encorajamento para fazer mais e melhor.

    Com o final do primeiro arco, segue-se agora o Torneio Intercolegial, onde os nossos corvos irão ter os seus primeiros jogos oficiais.

⭐⭐⭐⭐⭐

5/5

Até à próxima!

Ellis

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