Apenas tenho a dizer uma coisa: Zeno. Ficaram curiosos? Então desafio-vos a ler a minha resenha sobre o quadragésimo quarto volume de Akatsuki no Yona.
Alerta: este artigo contém spoilers!
Não se esqueçam de conferir os próximos volumes:
- Akatsuki no Yona (Vol. 38)
- Akatsuki no Yona (Vol. 39)
- Akatsuki no Yona (Vol. 40)
- Akatsuki no Yona (Vol. 41)
- Akatsuki no Yona (Vol. 42)
- Akatsuki no Yona (Vol. 43)
- Akatsuki no Yona (Vol. 45)
Sobre a autora
Mizuho Kusanagi nasceu em fevereiro de 1979, em Kumamoto, no Japão. Em 2003, ela publicou a sua primeira série, Yoiko Kokoroe, na revista Hana to yume - detida pelo grupo Hakusensha. É em 2009 que ela começa a publicar aquela que é a sua série de mangá mais famosa até à data, Akatsuki no Yona, e que até ao momento conta já com mais de 40 volumes.
Sinopse
Opinião
Zeno revelou estar por detrás do desaparecimento dos dragões, aprisionando-os no cálice. Com isto, o Dragão Amarelo explica a Yona e Hak o seu verdadeiro objetivo: finalmente morrer. Para tal, ele irá usar os outros dragões, um processo que os irá matar igualmente. Naturalmente, Yona e Hak ficam chocados e opõem-se firmemente a tal plano. Porém, as suas súplicas parecem cair em saco roto. Zeno transforma-se num dragão e voa até à capital, em direção ao mausoléu que se encontra por baixo do castelo.
Neste volume, Kusanagi retifica a posição de Zeno e com isso mostra-nos um outro lado da personagem nunca antes visto. É impressionante como a autora, ao fim de 44 volumes, consegue ainda trazer novos desenvolvimentos às personagens, alterando a nossa perspectiva sobre as mesmas no processo. Por conseguinte, este volume puxa bastante pelo nosso emocional.
Ao ler este volume, apercebi-me de que nada sabia sobre Zeno. Não o conhecia realmente. Tal como as personagens, eu apenas via aquilo que ele queria que eu visse. É certo que no 18º volume (meu deus, já foi há muito tempo) a autora levou-nos numa viagem ao passado de Zeno. Nesse volume fomos confrontados pela primeira vez com as amarguras da imortalidade que assombra Zeno. No entanto, em retrospectiva, sinto que estas apenas foram mencionadas de leve, ao passo que neste momento estas são exploradas com mais detalhe. É muito raro eu chorar a ler livros, mas não posso negar que os meus olhos ficaram marejados durante a leitura. Pela primeira vez, vemos Zeno como ele é; não como alguém infantilizado, mas como uma alma que já caminha há demasiado tempo nesta terra - uma alma atormentada pelo passado e a quem foi negada a possibilidade de um futuro. Zeno é sim uma alma gentil e carinhosa, não merece o destino que lhe foi incumbindo pelos dragões.
Aliás, os deuses dragões fazem uma breve aparência neste volume, o que me leva a suspeitar que estes serão o boss final da história, por assim dizer. A confirmarem-se as minhas suspeitas/expectativas, este arco final trará a história a um círculo completo, encerrando com um dos mistérios mais duradouros dentro do universo e lore de ANY.
Não posso encerrar esta resenha sem mencionar os sonhos de Yona. Nos últimos volumes - com particular enfoque neste -, Yona tem demonstrando a mesmas capacidades da sua mãe Kashi. Isto é, a habilidade de prever o futuro através dos sonhos. Pessoalmente, não é um trunfo narrativo que desgoste, o meu único problema é o facto de tal habilidade apenas ter sido introduzida agora, a esta altura do campeonato. Para além disso, a própria mecânica dos sonhos é estranha, contribuindo ainda mais para o meu estranhamento. Posto isto, vou apenas aceitando, até porque a autora só recorre a tal habilidade em momentos muito específicos.
Em suma, Zeno continua a ser um dos meus dragões favoritos. Estou ansiosa pelo próximo volume, o qual promete um confronto entre Zeno e Yona. E agora, como será que as duas personagens se vão encarar?
⭐⭐⭐⭐⭐
5/5
Até à próxima!
Ellis
Comentários
Enviar um comentário