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Akatsuki no Yona (Volume 6) | Opinião #180

 Olá a todos!

    Hoje trago mais uma crítica de Akatsuki no Yona.

    Não se esqueçam de conferir as demais críticas:

Sobre a autora

    Mizuho Kusanagi nasceu em fevereiro de 1979, em Kumamoto, no Japão. Em 2003, ela publicou a sua primeira série, Yoiko Kokoroe, na revista Hana to yume - detida pelo grupo Hakusensha. É em 2009 que ela começa a publicar aquela que é a sua série de mangá mais famosa, Akatsuki no Yona, e que até ao momento conta já com mais de 40 volumes.

Sinopse

    Yona e seus amigos conhecem o dragão verde, Jae-ha, na cidade de Awa. Yona se oferece para ajudar os piratas Jeha e os outros na luta contra Yang Geumji, mas é testada pelo capitão Gigan para ver se ela é confiável. E então, ele enfrenta o difícil desafio de pegar Chijukusa no meio do caminho até o Cabo Kumogakure, um penhasco íngreme, sozinho...!?

Opinião

    A batalha pelo porto de Awa está prestes a começar, mas ainda há uma questão a tratar: Yona ainda tem de provar o seu valor junto da Capitã Gi-gan. Gi-gan propõe-lhe então um desafio aparentemente impossível: apanhar uma flor medicinal rara, que acelera o processo de cura e que apenas cresce num penhasco extremamente íngreme. Yona terá então de descer o penhasco, apanhar a flor e voltar, tudo isto sem qualquer tipo de auxílio. Uma vez completada a tarefa, Yona poderá então juntar-se à tripulação na sua luta contra o Lorde Kum-ji. Parece loucura, mas a princesa está mais determinada do que nunca.

Até mesmo as mulheres têm horas em que devem lutar. Não as subestime!

    O 6º volume dá então continuidade ao Arco de Awa, iniciado no volume anterior. Neste volume volta a existir um maior foco na nossa querida princesa. Yona é confrontada com a sua inutilidade pela Capitã Gi-gan. Sem vacilar uma única vez, Yona tenta demonstrar a Gi-gan a sua força e tenacidade. A coisa que eu mais adoro nesta evolução de Yona é que em todos os momentos a autora mostra-nos os medos da personagem. Afinal, Yona foi protegida pelo seu pai e não sabe absolutamente nada do mundo. Qualquer um, quando confrontado com situações para as quais não está minimamente preparado, tem medo. Mas, o mais bonito e inspirador é que Yona, apesar do seu medo, ela continua a avançar, passo a passo, até alcançar os seus objetivos. Ela vai ter medo? Sim. Ela vai chorar e tremer? Sim. Ela vai hesitar? Completamente, no entanto isso só lhe dá combustível para continuar. É um processo acumulativo e aí é que está a beleza.

    Ainda no tópico das mulheres, não há como não referir a Capitã Gi-gan. Uma mulher já com uma certa idade à frente de um navio, que considera todos na sua tripulação como seus filhos e se preocupa com cada um deles. Gi-gan aqui preenche o papel de mentora de Yona, demonstrando-lhe a ela (e a nós leitores) o tipo de força que uma mulher pode ter. Um aspeto que gosto muito quando os autores exploram é os diferentes tipos de força que uma personagem (seja esta feminina ou masculina) pode ter. Atualmente em Hollywood, parece prevalecer a vontade de vender personagens femininas que possuem uma força bruta igual ou superior à dos homens, masculinizando-as no processo. Não me interpretem mal, eu gosto de ver mulheres que são guerreiras, no sentido mais literal da palavra, no entanto o mundo não é movido somente pela força bruta. Existem outros tipos de "força" como o amor que uma mãe ou um pai tem pelos seus filhos, a nossa autoconfiança, a força com que acreditamos nos nossos ideais, a compaixão, etc. É exatamente isso que vemos em Gi-gan, a sua autoconfiança, a sua compaixão e o seu amor não só pela sua tripulação, mas também pelas pessoas da cidade. Obviamente, isso infeta qualquer um e a própria Yona vê em Gi-gan mais do que uma mentora, mas uma mãe - firme sem deixar de ser gentil e que cuida. E quem diz mulheres, diz homens. Também as personagens masculinas de Akatsuki no Yona desconstroem estereótipos associados aos homens e à masculinidade, com especial destaque para Yoon.

Eu queria ser forte o tempo todo. Primeiro de tudo, para me proteger. Em seguida, para proteger Hak, que arriscou tudo por mim. Para retribuir os meus amigos que me mantêm viva. Devo mover as minhas pernas, pouco a pouco, um passo de cada vez! Quando eu superar esses ventos fortes, então tenho a sensação que chegarei perto da força que desejei, sem dúvidas.

    Outra personagem que também tenho que valorizar é Hak. Mais concretamente, o seu amor por Yona. É tão bonito ver esse amor que ele sente pela princesa metamorfosear-se. O que eu quero dizer com isto? Emprego a palavra metamorfose como sinónimo de mudança ou alteração. Porque é isso que está a acontecer entre os dois. Ambos começaram o mangá num ponto e agora, pelas circunstâncias, estão a evoluir e a alterar as suas personalidades, a sua forma de estar e os seus próprios sentimentos. É bonito ver como o amor e a admiração que ele tem pela princesa crescem de dia para dia, sempre se maravilhando com as novas camadas que vai descobrindo em Yona. É o tipo de amor que se vai desenvolvendo e acompanhando a evolução da pessoa amada.

    O próximo volume promete mais ação. A batalha pelo porto de Awa vai começar!

⭐⭐⭐⭐⭐

5/5

Até à próxima e boas leituras!

Ellis

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