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Akatsuki no Yona (Vol. 16) | Opinião #278

 Saudações caros leitores!

    Com o décimo sexto volume, chegamos ao clímax do arco da Tribo da Água, com Hak e Soo-Woon a encontrarem-se pela primeira vez desde o início do mangá.

    Atenção: este artigo pode conter spoilers.

    Não se esqueçam de conferir os próximos volumes:

Sobre a autora

    Mizuho Kusanagi nasceu em fevereiro de 1979, em Kumamoto, no Japão. Em 2003, ela publicou a sua primeira série, Yoiko Kokoroe, na revista Hana to yume - detida pelo grupo Hakusensha. É em 2009 que ela começa a publicar aquela que é a sua série de mangá mais famosa, Akatsuki no Yona, e que até ao momento conta já com mais de 40 volumes.

Sinopse

    Uma princesa ruiva perde a sua família e o seu reino… Agora tem de se levantar e lutar pelo seu trono!

    A princesa Yona vive uma vida ideal como a única princesa do seu reino. Mimada pelo pai, o rei, e protegida pelo seu fiel guarda Hak, valoriza o tempo passado com o homem que ama, Su-won. Mas tudo muda no seu 16º aniversário quando uma tragédia atinge a sua família!

    Uma grande frota de navios de South Kai dirige-se para Sensui a mando do traficante de droga Hyo. Conseguirão Yona e os seus amigos frustrar os planos nefastos de Hyo e travar estas forças inimigas? E o que acontecerá a Yona quando Hyo enfurecido a atacar?

Opinião

    Como esperado, a reunião destas duas personagens é ainda mais tensa do que aquela que testemunhamos com Yona, pois Hak tinha uma relação diferente com Soo-Woon. Soo-Woon foi o único amigo da sua infância em quem ele realmente confiava com a sua vida e desejava verdadeiramente que este se tornasse rei (naturalmente por via do casamento com Yona). Infelizmente, os seus desejos tornaram-se realidade da pior forma possível. A acrescentar a isso, Soo-Woon ainda atentou contra as suas vidas. Embora ele não o demonstre, Hak foi tão afetado pela traição quanto Yona. O problema é que, ao reprimir as suas emoções, Hak apenas vive no passado - ainda que o mesmo não se aperceba. Isso torna-se claro como a água no momento em que ele vê Soo-Woon, deixando a sua raiva e fúria levarem a melhor sobre ele. A cena em que ele tenta chegar a Soo-Woon para possivelmente matá-lo é de partir o coração, pois o momento é contraposto com as suas memórias de toda uma vida. Somente Yona o consegue acalmar e fazer com que recupere a razão.

    Um aspecto que ignorei na minha primeira leitura do mangá foi o pessoal do castelo Hiryuu e onde eles se posicionam em relação a este "conflito". Na realidade, os próprios funcionários devem ter as suas lealdades divididas, pois todos eles - de uma forma ou de outra - entraram em contacto com os três amigos de infância. Isso tornou-se mais aparente para mim através do pequeno foco que a autora dá a Joo-Doh neste volume. Assim que ele vê a princesa, Joo-Doh sente uma terrível culpa pela maneira como a situação se desenrolou, mesmo tendo escolhido tomar o lado de Soo-Woon para reconstruir o país. Talvez eu esteja a navegar na maionese, mas sinto que Soo-Woon se encontra na mesma situação. Uma culpa terrível por tudo, mesmo que siga firme nas suas convicções.
Kusanagi construiu um conflito em torno destas personagens de tal forma, que se torna difícil separar o emocional do racional. Obviamente, tendemos sempre a tomar partido de Yona e Hak, uma vez que é a sua perspectiva que acompanhamos. No entanto, também gostaria de ver mais de Soo-Woon e tentar entender quem ele realmente é, já que a personagem que nos é apresentada parece esconder-se debaixo de várias máscaras.

    O arco da Tribo da Água chega assim à sua conclusão e Kusanagi atiça as nossas expectativas para o próximo, com evidências de expansão da história para lá dos limites territoriais do reino de Kouka.

    P.S.: para os curiosos, eu li o mangá até ao volume 30.

⭐⭐⭐⭐⭐

Até à próxima!

Ellis

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