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Akatsuki no Yona (Vol. 17) | Opinião #279

 Saudações caros leitores!

    O arco da Tribo da Água termina numa nota tensa. Com este novo volume, inicia-se um novo arco, com as personagens viajando para novos territórios.

    Atenção: este artigo pode conter spoilers.

    Não se esqueçam de conferir os próximos volumes:

Sobre a autora

    Mizuho Kusanagi nasceu em fevereiro de 1979, em Kumamoto, no Japão. Em 2003, ela publicou a sua primeira série, Yoiko Kokoroe, na revista Hana to yume - detida pelo grupo Hakusensha. É em 2009 que ela começa a publicar aquela que é a sua série de mangá mais famosa, Akatsuki no Yona, e que até ao momento conta já com mais de 40 volumes.

Sinopse

    Uma princesa ruiva perde a sua família e o seu reino… Agora tem de se levantar e lutar pelo seu trono!

    A princesa Yona vive uma vida ideal como a única princesa do seu reino. Mimada pelo pai, o rei, e protegida pelo seu fiel guarda Hak, valoriza o tempo passado com o homem que ama, Su-won. Mas tudo muda no seu 16º aniversário quando uma tragédia atinge a sua família!

    Yona e os seus amigos deixam as terras da Tribo da Água e encontram um rapaz chamado Karugan numa cidade da Tribo da Terra perto da fronteira da nação. Quando atravessam a fronteira para o levar de volta para casa, um dos Guerreiros Dragões desmaia inesperadamente!

Opinião

    Depois da Tribo da Água, Yona e o seu grupo deslocam-se até às terras da Tribo da Terra, acabando por passar as fronteiras de Kouka e adentrando no território do Império Kai, mais concretamente na província de Kin.

    Neste volume, Kusanagi explora a amoralidade da guerra, focando-se naqueles que mais sofrem com os jogos políticos travados entre as elites: a população comum. Achei uma perspectiva interessante, uma vez que tendemos a esquecermo-nos daqueles que estão por baixo no grande esquema das coisas. Soo-Woon prossegue na sua missão de restaurar o poder de Kouka, o que passa invariavelmente por recuperar os territórios que foram perdidos no reinado anterior para os países vizinhos. Um desses territórios é precisamente a província de Kin, no sul de Kai - onde Yona e os outros se encontram atualmente. Devo dizer que é impressionante o facto de Yona estar sempre no local onde acontecem as coisas e para onde Soo-Woon move as suas forças. É quase como se ela adivinhasse.

    Os dragões voltam a estar em destaque, à medida que são reveladas novas informações sobre os mesmos. Aparentemente, os dragões não vivem por muito tempo. Não é dito explicitamente qual o seu tempo médio de vida, mas pelo que Jae-Ha disse presumo que a média ronde à volta de 30-35 anos. Zeno também ganha grande destaque, ao revelar um pouco mais da sua maturidade. É através dele que ficamos a saber que o Castelo Hiryuu atua como a fonte de poder para os dragões, sendo que se eles se afastarem muito da sua influência começam a perder grande parte da sua vitalidade - quase que se tornando simples mortais. Ver Zeno tomar a dianteira é deveras comovente, pois a sua história é tão carregada de tristeza.

    Aliás, tristeza é algo em comum para todos os dragões. Como extra, temos a oportunidade de saber um pouco mais sobre a história de Jae-Ha e sobre a vila de Ryukuryuu (creio que seja assim que se escreve). O abuso psicológico, emocional e, por vezes, físico que ele sofreu; o confinamento que lhe foi imposto...é possível compreender de onde vem grande parte da sua personalidade. Apenas podemos agradecer à capitã Gi-gan por o ter acolhido, caso contrário acredito que Jae-Ha teria levado uma existência como a de Shin-Ah - perpetuamente na escuridão e sozinho.

    O próximo volume promete então revelar um pouco mais sobre Zeno e o seu passado. Devo dizer que já estou a chorar. Quem for ler o volume compreenderá.

⭐⭐⭐⭐⭐

5/5

Até à próxima!

Ellis

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