O arco da Tribo da Água termina numa nota tensa. Com este novo volume, inicia-se um novo arco, com as personagens viajando para novos territórios.
Atenção: este artigo pode conter spoilers.
Não se esqueçam de conferir os próximos volumes:
Sobre a autora
Sinopse
Opinião
Depois da Tribo da Água, Yona e o seu grupo deslocam-se até às terras da Tribo da Terra, acabando por passar as fronteiras de Kouka e adentrando no território do Império Kai, mais concretamente na província de Kin.
Neste volume, Kusanagi explora a amoralidade da guerra, focando-se naqueles que mais sofrem com os jogos políticos travados entre as elites: a população comum. Achei uma perspectiva interessante, uma vez que tendemos a esquecermo-nos daqueles que estão por baixo no grande esquema das coisas. Soo-Woon prossegue na sua missão de restaurar o poder de Kouka, o que passa invariavelmente por recuperar os territórios que foram perdidos no reinado anterior para os países vizinhos. Um desses territórios é precisamente a província de Kin, no sul de Kai - onde Yona e os outros se encontram atualmente. Devo dizer que é impressionante o facto de Yona estar sempre no local onde acontecem as coisas e para onde Soo-Woon move as suas forças. É quase como se ela adivinhasse.
Os dragões voltam a estar em destaque, à medida que são reveladas novas informações sobre os mesmos. Aparentemente, os dragões não vivem por muito tempo. Não é dito explicitamente qual o seu tempo médio de vida, mas pelo que Jae-Ha disse presumo que a média ronde à volta de 30-35 anos. Zeno também ganha grande destaque, ao revelar um pouco mais da sua maturidade. É através dele que ficamos a saber que o Castelo Hiryuu atua como a fonte de poder para os dragões, sendo que se eles se afastarem muito da sua influência começam a perder grande parte da sua vitalidade - quase que se tornando simples mortais. Ver Zeno tomar a dianteira é deveras comovente, pois a sua história é tão carregada de tristeza.
Aliás, tristeza é algo em comum para todos os dragões. Como extra, temos a oportunidade de saber um pouco mais sobre a história de Jae-Ha e sobre a vila de Ryukuryuu (creio que seja assim que se escreve). O abuso psicológico, emocional e, por vezes, físico que ele sofreu; o confinamento que lhe foi imposto...é possível compreender de onde vem grande parte da sua personalidade. Apenas podemos agradecer à capitã Gi-gan por o ter acolhido, caso contrário acredito que Jae-Ha teria levado uma existência como a de Shin-Ah - perpetuamente na escuridão e sozinho.
O próximo volume promete então revelar um pouco mais sobre Zeno e o seu passado. Devo dizer que já estou a chorar. Quem for ler o volume compreenderá.
⭐⭐⭐⭐⭐
5/5
Até à próxima!
Ellis
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