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Akatsuki no Yona (Vol. 24) | Opinião #298

 Saudações caros leitores!

    O arco de Xing ainda agora mal começou e já estou a roer as unhas de ansiedade. O que será vem aí para Yona e os seus companheiros neste volume?

    Atenção: este artigo pode conter sopilers.

    Não se esqueçam de conferir os próximos volumes da saga:

Sobre a autora

    Mizuho Kusanagi nasceu em fevereiro de 1979, em Kumamoto, no Japão. Em 2003, ela publicou a sua primeira série, Yoiko Kokoroe, na revista Hana to yume - detida pelo grupo Hakusensha. É em 2009 que ela começa a publicar aquela que é a sua série de mangá mais famosa até à data, Akatsuki no Yona, e que até ao momento conta já com mais de 40 volumes.

Sinopse

A Princesa Yona vive uma vida ideal como a única princesa do seu reino. Mimada pelo pai, o rei, e protegida pelo seu fiel guarda Hak, valoriza o tempo passado com o homem que ama, Su-won. Mas tudo muda no seu 16º aniversário, quando uma tragédia atinge a sua família!

Para evitar uma guerra com a nação de Xing, Yona e Hak pedem ao informador Ogi que entregue uma carta importante a Su-won. Mais tarde, Yona corre para a Tribo do Fogo para apelar a um aliado de lá — Kang Tae-jun! Será que Yona conseguirá ajudar os seus amigos que foram capturados em Xing?

Opinião

    Yona e Hak estão de volta a Kouka, na companhia de Vold e Algira. Os dois procuram desesperadamente contactar Soo-Woon, porém este recusa-se a encontrá-los cara a cara, enviando no seu lugar um representante para transmitir que Soo-Woon não irá mudar os seus planos de forma alguma. Pessoalmente, interpreto esta recusa da personagem em encontrar-se com Hak e Yona de pois de tudo o que aconteceu como uma demonstração de um ligeiro receio. Soo-Woon não tem nenhuma intenção de alterar os seus planos bélicos em relação a Xing, mas a bem da verdade nada o impedia de se encontrar com os dois, nem que fosse para lhes dizer isso. Acho que ele não sabe como encarar aqueles que um dia foram os seus amigos mais próximos.

Por causa de tudo o que fiz, não espero morrer pacificamente e feliz

    Apesar do silêncio de Soo-Woon, Yona e Hak não se deixam demover e procuram então formas de atrasar os planos de Soo-Woon e forçá-lo a sentar-se às mesas das negociações. Nisto temos o retorno de personagens como Tae-Woo, Han-Dae e o resto da Tribo do Vento, e Kang Tae-Jun. Reencontrar personagens tão amadas é sempre uma alegria, especialmente a Tribo de Vento que é a minha favorita. A sua lealdade incondicional a Hak, o facto de o verem como seu único líder - ao ponto de simplesmente ignorarem as ordens do rei - é reconfortante. No meio de tanto drama, a vivacidade da Tribo do Vento (e o seu caos desgovernado) é uma injeção de forças muito necessária, sobretudo para Hak. A missão da Tribo do Vento passa por confraternizar com os soldados de Xing e assim quiçá alterar um pouco a percepção do partido da guerra.

    Esse objetivo é de facto alcançado, mas mais pela negligência das Cinco Estrelas que somente pelas ações da tribo do Vento. Mizari cimenta-se como um psicopata neste volume ao matar dois dos seus subordinados por supostamente serem fracos, dando um discurso de como estes não passam de carne para canhão. Naturalmente, a sua atitude abala a moral e a confiança das suas tropas e o facto de Yotaka (que estava com ele) simplesmente ficar parado e não fazer nada também não cai bem com as tropas. Aliás, quando Kouren é confrontada com o discurso de Mizari, esta fica abalada. Uma das razões para tal, a meu ver, está relacionada com a sua cegueira derivada do seu ódio por Kouka e o pai de Soo-Woon. Que quero dizer com isto? Kouren está tão focada no seu ódio que se esqueceu ou não quis avaliar os reais impactos que uma guerra teria sobre o seu país e os seus súbditos.

Não quero viver uma vida alimentada pelo ódio

    Enquanto Hak viaja com Vold para a fronteira entre os dois países, Yona e Algira movem-se para Saika, a fim de recrutar a ajuda de Kang Tae-Jun. O pedido que Yona lhe faz é demasiado arriscado: ela pede-lhe que ele acenda as fogueiras, falsificando um ataque de Li Hazara ao território da Tribo do Fogo. Yona espera que o sinal de perigo atrase significativamente os planos de Soo-Woon. Toda a viagem é deveras interessante, pois somos agraciados com mais um momento de desenvolvimento da nossa querida protagonista. Neste volume todo vislumbramos o lado político de Yona. É deveras gratificante assistir o envolvimento de Yona na política do país. De uma princesa que vivia os seus dias despreocupada, Yona é agora capaz de compreender o funcionamento da política interna e conhecedora de alguma estratégia militar.

    Por falar em desenvolvimento de personagem, foram precisos 130 e poucos capítulos, mas tivemos o nosso primeiro beijo entre o nosso power couple. Não há como não rir na cena em que o Vold pergunta a Hak se eles os dois são namorados e ele só lhe responde que ele não sabe e que ficou confuso pela princesa o beijar. Meu senhor, agora são mais 100 capítulos até termos uma confissão de amor como deve ser. Ah, vou morrer de tanto esperar!

⭐⭐⭐⭐⭐

5/5

Até à próxima!

Ellis

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